Na intervenção de abertura do 42.º Congresso Nacional do PSD, em que nunca falou nem do Orçamento do Estado nem diretamente de qualquer adversário político, Luís Montenegro respondeu ao secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, que na quinta-feira tinha acusado o Governo de estar isolado.

"Nós estamos a governar Portugal com o apoio das autarquias, com o apoio das Regiões Autónomas, com o apoio dos parceiros sociais, conquistando ou reconquistando a estabilidade e a paz na escola, nas forças de segurança, na área crítica da justiça, da saúde. E ainda há quem diga que nós estamos isolados?", questionou.

Segundo o líder do PSD e primeiro-ministro, o Governo está "cada vez mais próximo daqueles que interessam, que são os portugueses, as famílias, as empresas, as instituições".

"Cá estaremos para responder pelo prestígio da política, pelo valor da palavra dada, pela concretização do compromisso", disse, sem qualquer referência também ao Chega, cujo líder o tem acusado de prometer em privado acordos não confirmados em público.

Num discurso de balanço da governação e de distinção do PS, Montenegro deixou um elogio a vários ex-líderes do PSD que foram primeiros-ministros.

"Nós não somos descendentes nem de pântanos, nem de bancarrotas, nem de empobrecimentos. Nós somos descendentes do sentido de Estado de Francisco Pinto Balsemão, do transformismo de Aníbal Cavaco Silva, do patriotismo de Durão Barroso e de Santana Lopes, da coragem de Pedro Passos Coelho e dos valores social-democratas de Francisco Sá Carneiro", elogiou.

Montenegro terminou a sua primeira intervenção no congresso, que decorre até domingo em Braga, citando o hino da recente campanha eleitoral da AD: "Estamos todos juntos. Ninguém nos pode parar. Eu vou com Portugal. Agora é hora de fazer o meu país mudar", disse.

SMA // JPS

Lusa/fim