
"O chefe de Estado encara com naturalidade a decisão da direção da Rádio de Cabo Verde (RCV), nos tempos de hoje, com um parlamento a tempo inteiro e com avanços tecnológicos que permitem soluções próprias de transmissão das suas sessões, nomeadamente, a criação de um canal de televisão e estação de rádio próprias, como já é realidade em várias outras paragens do mundo", referiu José Maria Neves no Facebook.
A mensagem sintetiza um excerto de uma entrevista que concedeu à televisão pública.
O parlamento já transmite, atualmente, todas as sessões no hemiciclo, na íntegra, na Internet, através da sua página na rede Facebook.
"A RCV, enquanto órgão autónomo, tem a liberdade de definir a sua programação", acrescentou, dizendo "compreender" a posição da rádio nacional, esperando que continue a cobrir "os grandes debates, mantendo a população informada, continuando a contribuir para o reforço da democracia".
Todas as forças parlamentares mostraram-se, na quarta-feira, contra as mudanças anunciadas pela rádio na transmissão de debates.
O diretor da rádio pública de Cabo Verde respondeu que não vai deixar de transmitir as sessões, mas vai selecionar os momentos com mais interesse jornalístico, em vez de emitir tudo, como até agora acontecia.
"Há momentos que não vamos transmitir. Por exemplo, a aprovação de 400 artigos [de uma lei] fica cansativa para o ouvinte", afirmou Marcos Fonseca, referindo que se trata de "uma decisão editorial" e que "a direção da rádio é autónoma".
LFO // MLL
Lusa/Fim
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