As receitas arrecadadas pelo casinos representam ainda assim uma queda de 10,8% face a janeiro, indicam dados oficiais da Direção de Inspeção e Coordenação de Jogos (DICJ).

A indústria do jogo registou em janeiro, mês que inclui o período do Ano Novo Lunar, a principal festa das famílias chinesas, receitas de 11,58 mil milhões de patacas (1,35 mil milhões de euros), o valor mais elevado desde o início da pandemia.

O valor do mês passado é, no entanto, 50,3% inferior ao alcançado em fevereiro de 2019 -- 25,37 mil milhões de patacas (2,96 mil milhões de euros) --, antes do início da pandemia.

Macau, que à semelhança da China continental seguia a política 'zero covid', anunciou, em dezembro, o cancelamento da maioria das medidas de prevenção e contenção, depois de quase três anos das rigorosas restrições.

Com o alívio das medidas, a cidade registou em janeiro mais de um milhão de visitantes, numa subida de 101,3% em termos anuais, e a taxa de ocupação hoteleira foi de 71,2%, o valor mais elevado desde o início da pandemia.

A indústria do jogo, que representava 53,5% do produto interno bruto (PIB) de Macau em 2019, dava ainda trabalho a quase 68 mil pessoas no final de 2022, ou seja, cerca de 18,8% da população empregada.

As concessionárias em Macau têm acumulado desde 2020 prejuízos sem precedentes e o Governo tem sido obrigado a recorrer à reserva extraordinária para responder à crise, já que cerca de 80% das receitas governamentais provinham dos impostos sobre o jogo.

Em 26 de janeiro, o diretor executivo da Sands China, Robert G. Goldstein, revelou que a operadora de jogo em Macau registou lucros no período do Ano Novo Lunar.

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