
A viagem tem início no próximo sábado e os detalhes vão ser revelados no final da semana, mas segundo o porta-voz do Governo alemão, Steffen Hebestreit, Scholz irá reunir com os líderes argentino Alberto Fernandez, com o chileno Gabriel Boric, e com o brasileiro Lula da Silva.
A viagem "sublinha a relevância como parceiro da região", disse Hebestreit, segundo o qual a Alemanha prepara-se para "aprofundar" as relações políticas e económicas com estes países, sobretudo no que diz respeito à luta contra as alterações climáticas e ao crescimento económico sustentável.
Scholz já teve a oportunidade de trocar opiniões com Fernandez na ultima presidência rotativa alemã ao G7, grupo das sete grandes potências mundiais -- Estados Unidos, Canadá, Japão, Reino Unido, França e Itália, além da Alemanha -, da qual a Argentina participou como país convidado para a América Latina.
A Alemanha é o primeiro parceiro comercial da Argentina dentro do bloco da União Europeia e um país de grande relevância na busca de soluções para a crise energética precipitada pela guerra na Ucrânia, disse à agência de notícias espanhola um porta-voz de Chancelaria.
A visita ao Chile é a primeira de um chefe de Governo alemão em dez anos, depois da conservadora Ângela Merkel em 2013 e que agora reunirá o chanceler social-democrata com o progressista Boric.
O Brasil, país ao qual Merkel deu no passado o posto de parceiro preferencial na região, é para Scholz uma espécie de "reencontro" entre amigos, após o regresso ao poder de Lula, figura de referência do Partido Social Democrata (SPD) do chanceler.
O Fundo Amazónia ficou parado desde há três anos, por decisão do então Governo de Merkel, consequência do processo de desflorestação acelerado sob a presidência de Jair Bolsonaro.
No plano do fundo económico está a intenção de Scholz concluir finalmente o acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul, como reiterou o líder alemão há uns dias no seu discurso perante o Fundo Económico de Davos, Suíça.
RCP // MSF
Lusa/Fim
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