Banguecoque estava esta manhã entre as dez cidades mais poluídas do mundo, com um nível de micropartículas PM2.5 seis vezes superior ao limite recomendado pela Organização Mundial de Saúde, de acordo com a empresa suíça IQAir, que mede a qualidade do ar em todo o mundo.

Os 50 bairros da capital tailandesa atingiram o nível de alerta laranja, o quarto pior de um total de cinco, de acordo com a grelha do município, que prevê níveis elevados até à próxima quarta-feira.

A poluição do ar atinge geralmente o pico nesta altura do ano na Tailândia, bem como em muitos países da região, devido ao ar frio e estagnado que não permite a eliminação suficiente das emissões dos veículos e do fumo dos incêndios agrícolas.

Um episódio agudo anterior de poluição provocou o encerramento de mais de 350 escolas em 24 de janeiro e a interrupção dos transportes públicos gratuitos durante uma semana.

Na quinta-feira, o Governo lembrou as províncias que devem impor a proibição da queima de restolho.

"Em cada província, se permitir a queima de restolho ou se não implementar medidas preventivas, será sancionado", avisou o Governo, em comunicado.

Um dos principais problemas de poluição atmosférica na Tailândia é a época de queima de restolho agrícola, que ocorre normalmente entre janeiro e abril, no início da época de plantação, coincidindo com a estação seca do país.

Esta queima, um método mais barato do que a remoção das plantas à mão ou com máquinas, é utilizada pelos agricultores na Tailândia e nos países vizinhos, como o Camboja, a Birmânia e o Laos.

As autoridades distribuíram ainda mais de 1,1 milhões de máscaras para a população se proteger da poluição e lembraram os proprietários de veículos poluentes de irem repará-los.

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