O zelo da Terra é agora, para que haja futuro
A história relata o que aconteceu
o silêncio narra
o que acontece
As palavras são de Tolentino Mendonça e servem de mote a esta crónica, neste que é o Dia da Terra. Uma data que pretende lembrar aquilo que faz parte da história de cada ser vivo: a casa onde habita, este planeta que urge ser preservado e que tanto tem a contar sobre o que já passou — e que em quase silêncio vai mostrando que precisa de ajuda.
Neste sentido, tendo o que se passa no planeta como ponto de partida, mais de 40 líderes mundiais reúnem-se virtualmente, a partir de hoje e durante dois dias, para discutir o aquecimento global. Esta cimeira, convocada pelo Presidente dos Estados Unidos, pretende sublinhar a necessidade urgente de as principais economias mundiais reforçarem a sua ambição climática até à próxima cimeira da ONU sobre alterações climáticas (COP26), marcada para Glasgow no final do ano.
Olhando para a terra, o grito mais notório está relacionado, precisamente, com as temperaturas que se vão verificando ao longo dos anos. Por isso, chegou hoje o relatório anual sobre o Estado do Clima Europeu, onde é perceptível que o velho continente teve o seu ano mais quente em 2020, enquanto partes do Ártico siberiano registaram 6 graus Celsius acima da média. E este aumento é um recorde que tem sido quebrado consecutivamente nos últimos seis anos.
Por todas estas mudanças, fenómenos que ninguém quer vão surgindo: tempestades, degelo, incêndios. Então é preciso estabelecer compromissos. E muito foi sendo dito na cimeira ao longo do dia de hoje, data em que também a Greve Climática Estudantil voltou a sair às ruas para reivindicar mobilidade sustentável e uma transição energética justa.
- O Presidente norte-americano, Joe Biden, comprometeu-se a reduzir para metade as emissões de gases com efeito de estufa do seu país até ao fim da década, apelando às maiores economias do mundo para se lançarem no mesmo caminho;
- O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu que se forme "uma coligação global de países, regiões, cidades e empresas" que se comprometa com o objetivo de emissões carbónicas neutras até 2050;
- O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, antecipou de 2060 para 2050 o prazo para acabar com as emissões de gases de efeito estufa e prometeu eliminar a desflorestação ilegal até 2030;
- O Presidente francês, Emmanuel Macron, pediu mais celeridade na aplicação do Acordo de Paris no combate às alterações climáticas, bem como um sistema de regulação de emissões de carbono que seja “claro e mensurável”;
- O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, afirmou que "crescimento e emprego" são as palavras-chave do "desafio político" do combate às alterações climáticas, rejeitando encará-lo como "um gesto dispendioso e politicamente correto de abraçar coelhinhos ou coisa do género";
- O Papa Francisco apelou para que sejamos “zeladores da Natureza”, uma “dádiva que recebemos e da qual temos que cuidar para o futuro”, e afirmou que no “desafio pós-pandemia” é “cada vez mais importante” garantir um “ambiente mais limpo e mais puro”.
Entre todas as declarações, uma coisa há sempre em comum: a necessidade de olhar ao redor e agir. E esta é uma ação que não depende apenas das promessas e apelos dos líderes mundiais, mas de todo o ser humano. Por isso, há sempre quem eleve a voz com acusações de inação, nomeadamente jovens ativistas como Greta Thunberg ou Xyie Bastida, num grito pelo futuro do planeta.
Que terminemos, pois, recorrendo às palavras do poeta, tal como no início, para que depois não seja tarde.
Não aceites sem protesto
a redução
das estações
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