O que aconteceu na Guiné-Conacri?
A atualidade deste domingo levou-nos de forma inesperada para o continente africano onde as forças especiais da Guiné-Conacri anunciaram ter capturado o Presidente Alpha Condé e “dissolvido” depois de, durante várias horas ao longo da manhã, terem sido ouvidos tiros de armas automáticas próximo do palácio presidencial, no centro de Conacri, capital, e ser visível a movimentação de tropas nas ruas, segundo relatos das agências de notícias internacionais.
“Decidimos, depois de retirar o Presidente, que atualmente está connosco (...), dissolver a Constituição em vigor e dissolver as instituições; decidimos também dissolver o Governo e fechar as fronteiras terrestres e aéreas”, disse, num vídeo, o coronel Mamady Doumbouya, comandante das forças especiais, que anunciou também o encerramento das fronteiras terrestres e aéreas da Guiné-Conacri.
Mamady Doumbouya não fez qualquer referência ao paradeiro do Presidente, mas fotos e vídeos mostrando Condé sob custódia de soldados circularam amplamente nas redes sociais embora a sua autenticidade não tenha podido ser verificada.
Por outro lado... o Ministério da Defesa garantiu, em comunicado, ter repelido uma tentativa de golpe.
Seleção de Marrocos retida em hotel em Conacri
Adel Taarabt, médio do Benfica, está neste momento retido num hotel em Conacri com a restante seleção de Marrocos que deveria defrontar hoje a Guiné-Conacri, num encontro a contar para a fase de qualificação para o Mundial de 2022 que se vai realizar no Qatar.
De acordo com a Real Federação Marroquina de Futebol a equipa está segura e à espera de autorização para sair do país. O encontro, esse, foi adiado pela FIFA.
Portugueses no país estão bem
O embaixador de Portugal no Senegal, Vítor Sereno, disse hoje estar a acompanhar "atentamente a evolução dos acontecimentos" na Guiné-Conacri, após notícias de um alegado golpe de Estado, adiantando que os portugueses estão bem.
"A comunidade está tranquila e a gerir a situação", disse à agência Lusa Vítor Sereno, chefe da missão diplomática de Portugal no Senegal, mas que está acreditado também para a Guiné-Conacri.
De acordo com o diplomata, na Guiné-Conacri vivem entre 50 a 60 portugueses, a grande maioria dos quais trabalha para a construtora Mota Engil.
A política num dos países mais pobres do mundo
A Guiné-Conacri, país da África Ocidental que faz fronteira com a Guiné-Bissau, é um dos mais pobres do mundo e enfrenta, nos últimos meses, uma crise política e económica, agravada pela pandemia de covid-19.
A candidatura do Presidente Alpha Condé a um terceiro mandato, considerado inconstitucional pela oposição, em 18 de outubro de 2020, gerou meses de tensão que resultou em dezenas de mortes.
A eleição foi precedida e seguida da detenção de dezenas de opositores.
Vários defensores dos direitos humanos criticam a tendência autoritária observada durante os últimos anos na presidência de Condé e questionam as conquistas do início da sua governação.
Hoje, Doumbouya disse que agiu no melhor interesse da nação, considerando que não foram feitos progressos económicos suficientes desde que o país se tornou independente da França em 1958.
Condé, um ex-opositor histórico, preso e até condenado à morte, tornou-se, em 2010, no primeiro Presidente eleito democraticamente no país.
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