Dérbi: da especulação de bilhetes aos confrontos dentro e fora do estádio

Raquel Almeida
Raquel Almeida

O Benfica joga hoje em casa do rival Sporting, no fecho da 33.ª e penúltima jornada da I Liga portuguesa de futebol, em busca de vencer para ser campeão. As expetativas à volta do jogo são altas, não apenas pela possibilidade de ser campeão, mas de festejar a eventual vitória em Alvalade.

23 anos a penúltima jornada do principal campeonato português também trouxe um dérbi lisboeta a Alvalade, mas nessa partida era o Sporting que podia tornar-se campeão.

A polícia considerou este jogo como sendo de alto risco. E, de facto, foi obrigada a intervir duas horas antes do jogo, que começou às 20h30, quando adeptos do Sporting e do Benfica entraram em confrontos nos arredores do estádio. Além deste incidente junto à porta 1, que foi "sanado pela intervenção" da polícia, um indivíduo foi detido por uso de pirotecnia, enquanto se encaminhava para o estádio. Já lá dentro, adeptos dos clubes rivais voltaram a entrar em conflito na bancada central.

Um dos problemas apontados foi o facto de existirem adeptos benfiquistas fora da zona destinada ao clube. O Sporting informou, em comunicado, "que apenas vendeu ao SL Benfica os 2500 bilhetes previstos para o dérbi deste domingo. Todos os outros bilhetes foram exclusivos para Sócios do Clube", e reforçou que "é alheio a qualquer venda de bilhetes que tenha sido feita a não Sócios”. A solução das autoridades foi encaminhar os adeptos do Benfica espalhados por Alvalade para a bancada lateral.

No que toca aos festejos, o representante das forças de segurança garantiu que "a polícia está preparada para algum tipo de festejos por parte dos adeptos do Benfica", mesmo não havendo nenhum festejo oficial planeado pelo clube.

"Estamos preparados, já ontem estávamos preparados também, para mobilizar efetivos se assim for necessário. Nós estamos sempre preparados para qualquer evento que possa ter a sua alteração, como aqui no estádio, qualquer alteração que haja nós deslocamo-nos, mobilizados efetivos para intervirmos", acrescentou o representante.

Também a ASAE foi obrigada a intervir, e deteve três pessoas pela venda de bilhetes falsos ou irregulares para o jogo, tendo apreendido quatro bilhetes. Em comunicado adiantou que as três pessoas foram detidas pelo crime de especulação, tendo sido constituías arguidas e sujeitas a Termo de Identidade e Residência, com notificação para comparência perante a Autoridade Judicial.

A preparação para o dérbi em Alvalade não envolveu apenas as forças de segurança, mas também os meios de transporte de Lisboa. O Metropolitano de Lisboa já havia anunciado a disponibilização de autocarros "vaivém" para assegurar a ligação Campo Grande - Cidade Universitária, e assim "mitigar os constrangimentos causados com o encerramento provisório da estação Telheiras e do troço Campo Grande / Cidade Universitária, ocorrido no dia 2 de maio" para a realização de trabalhos na via-férrea.

*Pesquisa e texto pela jornalista estagiária Raquel Almeida. Edição pela jornalista Ana Maria Pimentel

*Com Lusa

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