O Chega fez muitas promessas. PS fala em mentiras e manipulação e PSD em populismo e banha da cobra

Um dia depois de prometer equiparar as pensões mais baixas ao salário mínimo nacional, este domingo André Ventura disse que a mesma promessa será faseada no tempo, com uma transição inicial para o Indexante dos Apoios Sociais (509 euros).

No entanto, o líder do Chega e candidato a Primeiro-Ministro não se ficou por essa promessa, mostrou mais trunfos neste último dia da Convenção do seu partido.

O presidente do Chega prometeu hoje que, em quatro anos, vai recuperar o tempo de serviço dos professores que foi congelado no passado, considerando que o partido tem que "ser essa voz" porque o PS e PSD deixaram de o ser.

"O compromisso - este é claro e vale ouro ao contrário de Pedro Nuno Santos - em quatro anos o Chega recuperará o tempo de serviço dos professores", comprometeu-se.

De promessa em promessa, André Ventura tenta convencer o eleitorado. Os seus rivais, contudo, não o consegue fazer.

Por exemplo, o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, afirmou hoje que metade das propostas do Chega são impossíveis de concretizar e "a outra metade é impossível aceitar", acusando o partido de mentir aos portugueses.

“O Chega apresenta-se perante os portugueses com a mentira, com a manipulação, com o único objetivo de seduzir aqueles que estão descontentes, aqueles que estão zangados. Mas a pergunta que nós temos de colocar e todos têm de colocar é se têm soluções”, declarou Pedro Nuno Santos, no encerramento do XXI Congresso do PS/Madeira, no Funchal.

Pedro Nuno Santos disse que “50% das propostas que o Chega faz são impossíveis de realizar”, dando como exemplo a medida para que nenhuma pensão tenha valor inferior ao salário mínimo nacional.

“O líder do Chega não foi capaz de explicar como é que financia mais sete mil, oito mil milhões de euros por ano e não conseguiu ser convincente porque não é possível. Rebentava com o Orçamento do Estado e rebentava com o sistema público de pensões”, apontou.

Por sua vez, o PSD, através do secretário-geral do partido, Hugo Soares, considerou que o discurso do presidente do Chega “é o populismo no seu estado mais puro”, defendendo que os problemas não se resolvem com “uma espécie de vendedores de banha da cobra”.

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