Milhares de pessoas compareceram hoje nas cerimónias que marcam o 29.º aniversário do massacre de bósnios muçulmanos em Srebrenica, ocorrido em julho de 1995, um genocídio ao qual a ONU decidiu há dois meses dedicar um dia internacional em memória.
Forças de países membros da NATO e de outros países iniciaram hoje exercícios militares conjuntos na Albânia e em outros estados dos Balcãs Ocidentais.
Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE) vão discutir na terça-feira, na Albânia, a parceria com os países dos Balcãs Ocidentais, vista como "mais importante que nunca" devido à invasão russa da Ucrânia.
As Nações Unidas alertaram hoje para o aumento das demonstrações de ódio e violência nos Balcãs Ocidentais na sequência do conflito na Ucrânia, indicou a conselheira especial da ONU para a Prevenção do Genocídio, Alice Wairimu Nderitu.
A chanceler alemã Angela Merkel defendeu hoje que é do interesse estratégico da União Europeia integrar os Estados dos Balcãs e que a Sérvia e outros países da região devem fazer mais reformas democráticas para aderirem ao bloco.
O Presidente da República defendeu hoje o alargamento da União Europeia aos países dos Balcãs "até para evitar explosões a prazo" e advertiu que "deitar fora a Europa é voltar ao caos interno".
As eleições gerais deste domingo na Bósnia-Herzegovina deverão voltar a confirmar a hegemonia dos "partidos étnicos" que dominam a cena política da ex-república jugoslava desde 1990, e quando se adensam os sinais de crise nesta volátil região dos Balcãs.
O primeiro-ministro, António Costa, vai participar na quinta-feira na Cimeira União Europeia-Balcãs, a primeira do género dos últimos 15 anos, com o presidente do PSD, Rui Rio, a viajar também até Sófia para uma reunião do Partido Popular Europeu.
A vaga de frio na Europa continua a ser mortífera, com mais sete vítimas hoje verificadas nos Balcãs, seis na Polónia e outras tantas na Roménia desde quinta-feira, o que eleva o total para cerca de 60.
Todos os caminhos levam à Europa. Se a Rota dos Balcãs for totalmente fechada, os migrantes vão procurar outros itinerários e, por isso, a Bulgária e a Albânia, países vizinhos da Grécia, já começam a reforçar as fronteiras.