As autoridades francesas mantêm a intenção de aumentar os impostos sobre os combustíveis, apesar dos protestos do coletivo "coletes amarelos", que no sábado protagonizou graves confrontos com a polícia em Paris, anunciou esta segunda-feira fonte oficial.
A polícia francesa continua a tentar controlar os manifestantes nos Campos Elísios, Paris, através do lançamento de granadas de gás lacrimogéneo, canhões de água e perímetros de segurança, mas o número de manifestantes está a aumentar.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, admitiu hoje "medidas severas" contra "comportamentos inaceitáveis" nas manifestações dos "coletes amarelos", indicou o porta-voz do Governo Benjamin Griveaux após um conselho de ministros.
Dezasseis polícias ficaram feridos na ilha de Reunião quando intervieram contra a violência urbana que atinge a ilha, localizada no Oceano Índico, paralisada pelos 'coletes amarelos', informaram hoje as autoridades locais.
O movimento dos "coletes amarelos", que desde sábado promove protestos e marchas lentas em França contra o aumento do imposto sobre combustíveis, promete bloquear Paris no próximo sábado, segundo dois apelos na rede social Facebook.
Muito da França ficou neste fim de semana refém de um inédito protesto que está para continuar: centenas de milhares de pessoas bloqueiam estradas, ruas, túneis, portos e aeroportos em ação direta contra o caro custo de vida. Os sucessivos aumentos do preço dos combustíveis são o pretexto imediato.
Mais de 10 mil camionistas portugueses estão a ser afetados pelos protestos em França contra o aumento das taxas de combustível, disse o presidente da Associação de Transportes Públicos Rodoviários de Mercadorias.
Mais de 400 pessoas ficaram feridas, 14 em estado grave, nos bloqueios organizados em França pelos "coletes amarelos" contra o aumento dos impostos dos combustíveis e a diminuição do poder de compra, anunciou hoje o ministro do Interior francês.
O movimento dos "coletes amarelos" mobilizou hoje mais de 244 mil pessoas, em manifestações de protesto por toda a França, contra o aumento do preço dos combustíveis, disse o ministro francês do Interior, Christophe Castaner. Veja as imagens.