O Match.com comprou o Tinder em 2013 e foi adquirido, por sua vez, pelo InterActive Corp (IAC), grupo que pertence ao bilionário norte-americano Barry Diller, dois anos depois.
Neste processo, apresentado esta terça-feira, 14 de agosto, num tribunal de Nova Iorque, uma dezena de pessoas acusaram o IAC e o Match de entrarem em acordo para enganá-las. O grupo inclui os fundadores do Tinder, Sean Rad, Jonathan Badeen e Justin Mateen.
O plano "consistia em subtrair milhares de milhões de dólares dos queixosos, violando os seus direitos contratuais", segundo a ação.
Para levar o seu plano avante, diz o texto, o IAC e o Match subvalorizaram "voluntariamente" o Tinder utilizando informações falsas com o objetivo de reduzir o valor das suas ações.
O IAC e o Match criaram "projeções financeiras falsas, inflacionaram os custos e criaram um universo no qual o Tinder fica estagnado", denunciam.
IAC e Match teriam ignorado nesta avaliação, sobretudo, os efeitos financeiros de novos produtos.
Ao designar Greg Blatt, presidente do Match, como diretor interino do Tinder em dezembro de 2016, o IAC e a sua filial procuraram "controlar a valorização do Tinder", justamente quando deveriam determinar o valor das ações concedidas aos funcionários, dizem os autores da ação em tribunal.
Os queixosos asseguram que Blatt é "o lacaio de Barry Diller" e "é conhecido por ter um temperamento explosivo e de não hesitar em recorrer a ameaças como demitir os funcionários que ousam contradizê-lo".
Os queixosos exigem "pelo menos" dois mil milhões de dólares em danos e rendimentos.
Além dos três cofundadores, os outros autores da ação fazem parte da primeira equipa de funcionários do Tinder, que após a sua criação em 2012 revolucionou os encontros amorosos.
No âmbito desta ação, Greg Blatt é também acusado de assédio sexual contra a diretora de Comunicação e Marketing, Rosette Pambakian. Pambakian, uma das queixosas, assegura que Blatt apalpou-a sem o seu consentimento na festa de final de ano da empresa em 2016, em Los Angeles.
Em comunicado enviado ao site de tecnologia Tech Crunch, o Match.com e o InterActive Corp (IAC) defendem que o Tinder foi alvo de uma "avaliação rigorosa", pelo que não reconhecem mérito nesta ação, que, aliás, pretendem combater vigorosamente em tribunal.
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