A Altice Portugal investiu 3 milhões de euros na criação do Centro de Interligação de Redes Internacionais, infraestrutura hoje inaugurada em Linda-a-Velha.

Cofinanciado pela União Europeia, o Altice LdV irá “alojar redes internacionais de telecomunicações” e alavancar “a facilidade de interconexão entre a instalação e as estações de amarração de cabos submarinos, teleportos, redes terrestres de longo curso e outros centros de dados”, referiu a empresa em comunicado.

Durante a cerimónia de inauguração do novo centro de interligação de redes internacionais, o segundo em Portugal, Ana Figueiredo, CEO da Altice Portugal, salientou a excelência das “condições geolocalização de infraestruturas de telecomunicações” nacionais.

A presidente executiva da Altice Portugal caraterizou o país como uma plataforma de conetividade de “entre continentes” e “oceanos”, ligando “a Europa à América do Norte e do Sul, África (através do Atlântico) e à Ásia, através do mediterrâneo”, ligação feita pelo “espacial, aérea, terrestre ou através de cabos submarinos”, acrescentou ainda durante o evento que contou com a presença de João Galamba, Ministro das Infraestruturas, e Alexander Freese, COO da Altice Portugal e Isaltino Morais, presidente da câmara municipal de Oeiras.

O novo centro desenvolvido pela Altice Wholesale Solutions, unidade de negócio responsável pelo desenvolvimento e gestão de serviços internacionais de telecomunicações irá “criar 10 postos de trabalho especializados”, revelou igualmente Ana Figueiredo.

A porta aberta para o investimento estrangeiro e colocar AML no mapa

Localizado nas antigas instalações da Marconi, um dos primeiros centros de telecomunicações da antiga empresa (Rádio Marconi criado no primeiro quartel do século XX), em Carnaxide, Oeiras, considera que o novo centro de Linda-a-Velha irá “adicionar escala, diversidade e competitividade”, à área metropolitana de Lisboa, apontou, olhando para o que se está a passar a nível europeu (hubs) referindo-se, em particular, aos mais próximos de “Madrid e Marselha”.

“A localização e a aceleração dos hábitos de uso de internet” colocam o país, de acordo com a CEO da Altice Portugal, como um polo “de atração de investimento em telecomunicações”, finalizou.

A localização em Linda-a-Velha num edifico de 3 mil metros quadrados inserido num campus que ocupa uma área total de 11 mil metros quadrados, é justificada, segundo a empresa, pela proximidade a infraestruturas internacionais relevantes, como “as estações de cabos submarinos de Carcavelos, Seixal e Sesimbra, o Centro de Satélites de Alfouvar ou o Data Center do Prior Velho”, além de poder servir como “potencial nó da rede internacional da Altice”, refere em comunicado.

O Altice LaV é uma “alternativa aberta e neutral para a interligação de redes nacionais e internacionais em Portugal”, referiu Alexander Freese, COO da Altice Portugal durante a cerimónia de inauguração. Isto é, por aqui podem passar todos os operadores nacionais e internacionais. “A porta da aberta para a Europa está aberta para todos e esperamos mais investimento estrangeiro”, referiu.

João Galamba, colega do CCO da Altice “há 20 anos quando comecei a trabalhar na área das telecomunicações”, conforme confessou na sua intervenção, destacou que o “país aposta de forma inequívoca na transição digital”, começou por dizer. O executivo e o país no seu todo olham para este setor como “estratégico” “fundamento para desenvolvimento e investimento”, frisou.

“A posição geográfica é um ativo fundamental. A competitividade energética (descarbonização), é outro”, assim como a “segurança geopolítica (numa alusão à insegurança vivida nos cabos submarino no norte da Europa)”, salientou. “Juntos, e por si só, são um ativo imparável”, reforçou ainda o ministro das Infraestruturas.

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