A data será assinalada, de acordo com um documento governamental a que a Lusa teve hoje acesso, durante o VI conselho consultivo do Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de Informação de Angola, que se inicia a 18 de novembro, em Luanda.
A construção do satélite, a cargo de um consórcio russo, arrancou a 19 de novembro de 2013, cerca de 12 anos depois de iniciado o processo, e deveria prolongar-se por 36 meses (novembro de 2016), calendário que o Governo angolano garantiu anteriormente estar a ser cumprido integralmente.
O AngoSat-1 vai disponibilizar serviços de telecomunicações, televisão, internet e governo eletrónico, devendo permanecer em órbita “na melhor das hipóteses” durante 18 anos.
“Não só vai prestar serviços à população, como a toda a região, vai também provocar uma revolução no mundo académico angolano, com a transferência de conhecimento”, explicou em maio último o ministro José Carvalho da Rocha.
Na mesma ocasião, o governante afirmou que a crise no país não vai condicionar o lançamento do primeiro satélite angolano, avaliado em 2013 em 37 mil milhões de kwanzas (mais de 200 milhões de euros, à taxa de câmbio atual), que deveria ter lugar, conforme previsto, no próximo ano.
“O satélite vai cobrir todo o continente africano e uma parte da Europa. Nós vamos ter capacidade para servir as nossas necessidades e prestar serviços a outros países da região de cobertura do AngoSat. Temos que procurar aqueles projetos que possam trazer divisas para o nosso país”, explicou o ministro.
Enquanto coordenador-geral do programa espacial angolano, José Carvalho da Rocha deslocou-se em outubro último à Rússia, mas voltou a não ser avançada qualquer data oficial para a conclusão do satélite ou do seu lançamento.
Uma informação do Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de Informação refere apenas que as duas partes (Governo angolano e consórcio estatal russo) “vão continuar a trabalhar juntos para que o projeto Angosat termine no tempo estipulado”.
Este projeto espacial envolve os governos de Angola e da Rússia e o centro de controlo em construção em Luanda será operado por 45 técnicos especializados.
O principal centro de controlo do primeiro satélite angolano estará localizado em Korolev, na Rússia.
A construção do primeiro satélite de Angola envolve ainda cerca de 30 empresas subcontratadas e a formação na Rússia de técnicos angolanos para a sua operação.
O AngoSat-1 é um dos sete projetos previstos ao abrigo do Programa Espacial Angolano e que envolve a formação de quadros, a transferência de conhecimentos nesta área e o lançamento da Agência Espacial Angolana.
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