“Queremos ouvir [os empreendedores] e temos muito dinheiro para investir se as ideias forem boas”, disse António Mexia, que falava à margem da cimeira tecnológica Web Summit, que decorre até quinta-feira em Lisboa.

Ao todo, a empresa pretende investir 45 milhões de euros em ‘startups’ com projetos de áreas da inteligência artificial e de ‘machine learning’ (aprendizagem automática nas máquinas) sobre “tudo o que tem a ver com mundo em que a energia se cruza com a internet das coisas”.

“Há uma realidade que as pessoas têm de perceber que é a internet da energia”, acrescentou António Mexia.

Por essa razão, a elétrica está a promover no evento o concurso EDP Elevator Pitch, no qual os empreendedores têm um minuto para apresentar o seu projeto a responsáveis da empresa, isto num mini elevador transparente de um andar instalado no ‘stand’ da companhia.

“Estamos no meio de uma revolução e precisamos de parceiros para esta revolução”, notou o responsável, convidando as empresas de fase inicial a fazer “esta viagem” de inovação com a EDP.

Segundo o gestor, a elétrica já apostava na área da inovação, mas “a Web Summit permite fazê-lo de forma mais alargada, com mais visibilidade”.

Como exemplo, António Mexia aludiu ao projeto Energy Box, criado para possibilitar “decisões mais rápidas de maneira a reduzir os seus consumos e os custos”.

Acresce o “investimento muito significativo” que a EDP Distribuição tem feito “naquilo que são contadores inteligentes”.

“Mas também tudo aquilo que tem a ver com a ligação da rede e dos centros de gestão, para responder aos problemas de uma forma mais rápida e isso já teve os seus resultados em todos os momentos, nomeadamente quando houve estas últimas tempestades”, visto que tornou mais fácil “a identificação e essa recuperação dos problemas”, observou.

O objetivo da EDP é, assim, “tornar a energia cada vez mais eficiente e isto tem a ver com tudo, desde a gestão dos ativos até casa das pessoas”, adiantou.

A Web Summit decorre até quinta-feira no Altice Arena (antigo Meo Arena) e na Feira Internacional de Lisboa (FIL).

Para esta edição, a terceira em Lisboa, a organização já prometeu “a maior e a melhor” de sempre, com novidades no programa e o alargamento do espaço, sendo esperados mais de 70 mil participantes de 170 países.

O evento nasceu em 2010 na Irlanda e mudou-se em 2016 para Portugal e desde essa altura terá gerado um impacto económico de mais de 500 milhões euros.

Inicialmente, estava previsto que a cimeira ficasse por apenas três anos, mas em outubro deste ano foi anunciado que o evento continuará a ser realizado em Lisboa por mais 10 anos, ou seja, até 2028, mediante contrapartidas anuais de 11 milhões de euros e a expansão da FIL.

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