A China recebeu a quarta edição da World Robot Conference, onde marcaram presença 160 empresas. A uni-las esteve uma ideia: cada vez mais as tecnologias permitem que máquinas venham a desempenhar tarefas humanas — mas sem substituir as pessoas.
Entre os exemplos mostrados, vários deixam já adivinhar um futuro simplificado pelas máquinas ou apenas uma realidade diferente: um braço articulado capaz de escrever, um robô que toca tambor, um peixe mecânico que dá voltas ao aquário e até uma espécie de morcego de metal que levanta voo.
Mas as funções dos robôs apresentados não ficam por aqui. A empresa Inbot apresentou, este ano, máquinas capazes de exercer as funções de professor, de vendedor e também existem robôs miniatura que jogam futebol. Contudo, as atenções concentraram-se nos combates, onde guerreiros se enfrentam no ringue. São uma espécie de tanques em miniatura, que circulam rapidamente e de lâminas afiadas em riste, fazendo barulho quando chocam entre si.
"A personalidade do meu robô reflete a minha! E eu adoro as faíscas...", afirma à AFP Huang Hongsong, um dos jovens chineses com máquinas em competição.
Contudo, a robótica ultrapassa o aspeto lúdico e a China pretende afirmar-se no campo industrial, onde trava uma “guerra tecnológica” com os Estados Unidos. Com isto, a China pode continuar a crescer: dada a população envelhecida e a escassez de mão de obra, a automatização das fábricas pode contribuir para o desenvolvimento industrial do país.
A China já é o primeiro mercado no que toca a robôs industriais, com 141 mil unidades vendidas no ano passado e um terço da procura mundial, segundo a Federação Internacional de Robótica, valor que pode crescer 20% em 2020.
"O potencial de automatização é imenso: em 2016, a China tinha 68 robôs para cada 10.000 empregados, quatro vezes menos que no Japão ou na Alemanha", explica Karel Eloot, especialista do gabinete McKinsey na Ásia.
Fora das fábricas, a robótica também já marca a China em restaurantes, bancos e no setor médico. Mas não se pense que o objetivo é substituir pessoas: é sim, ajudá-las. Por isso, a empresa chinesa iFlytek tem um "robô assistente médico", capaz de fazer perguntas a um paciente e identificar 150 doenças, ajudando assim nos diagnósticos. Mais uma vez, uma das vantagens é levar ajuda a médicos em regiões mais isoladas do país. Outra das ideias da empresa é um “robô jurista”, que auxilia os juízes a determinar o veredito em pleno tribunal.
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