Considera-se "revenge porn" a exposição de fotografias e/ou vídeos íntimos de terceiros na Internet, normalmente com conteúdo sexual, como um ato de “vingança”. As novas ferramentas do Facebook vão permitir que os utilizadores denunciem facilmente quaisquer fotos íntimas publicadas sem consentimento na rede social.
Feita a denúncia, o caso é avaliado por uma equipa da rede social e, com base nas suas conclusões, o conteúdo é removido ou não. As contas que divulguem conteúdo íntimo sem consentimento podem também ser apagadas.
O Facebook vai usar também uma tecnologia, o Photo DNA, para impedir que as imagens ofensivas voltem a ser partilhadas. Esta ferramenta já é utilizada para prevenir a divulgação de fotografias de exploração infantil e de terrorismo.
O Instagram e o Messenger vão igualmente incorporar estas ferramentas. Exceção para o WhatsApp que, apesar de pertencer à mesma companhia, não pode ser supervisionado desta forma devido à encriptação da aplicação.
Segundo o The Guardian, Antigone Davis, responsável do Facebook pela segurança, diz que “estas ferramentas, desenvolvidas em cooperação com especialistas, são um exemplo do potencial das tecnologias para manter as pessoas seguras”.
Davis citou também o manifesto de Mark Zuckerberg sobre o futuro do Facebook: “o nosso sucesso não se baseia só no facto de podermos capturar vídeos e partilhá-los com os amigos. Também está relacionado com a construção de uma comunidade que nos ajude a manter-nos seguros, que evite danos, ajude durante as crises e reconstrua tudo depois”.
Laura Higgins, fundadora da Revenge Porn Helpline, uma organização no Reino Unido que pretende ajudar em casos de vingança que tem por base a divulgação de fotografias íntimas, afirma que “este processo vai ajudar as vítimas de abuso sexual e vai ainda reduzir drasticamente a quantidade de conteúdos nocivos na rede social”.
Esta ferramenta vai ser de extrema importância para a organização, que lida com mais de 6200 casos de "revenge porn" desde 2015, segundo a BBC.
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