A confirmação foi dada pelo Facebook à AFP, na sequência de uma reportagem do Wall Street Journal, que dava conta de que aquela rede social estava em conversações com estúdios de Hollywood e agências, para entrar na corrida às séries e programas televisivos.
A plataforma de quase dois mil milhões de utilizadores mensais (1,94 mil mihões no final de março) está a trabalhar neste projeto com "um pequeno grupo de parceiros e criadores", disse Nick Grudin, vice-presidente das parcerias de media para o Facebook, num comunicado enviado à AFP.
Esses parceiros "estão a fazer experiências com programas que permitam construir uma comunidade à sua volta, desde o desporto à comédia, tendo como objetivo fazer do Facebook um espaço em que as pessoas se possam unir em torno de um vídeo, acrescenta.
Para já, esses programas estão a ser financiados diretamente pelo Facebook, “mas, com o tempo, queremos ajudar muitos ‘designers’ a fazer vídeos financiados por um sistema de partilha de receitas como o Ad Break", ferramenta de 'software' que permite introduzir publicidade nos conteúdos difundidos pela rede social.
O Facebook escusou-se, contudo, a revelar a identidade dos parceiros de produção de conteúdos.
De acordo com o Wall Street Journal, representantes da rede social estão em reuniões com executivos dos estúdios de Hollywood e agências de representações de atores e criativos de televisão e cinema.
Ainda de acordo com o jornal diário, o Facebook está disposto a investir até três milhões de dólares por episódio produzido, o orçamento de um programa de alta qualidade para a televisão por cabo nos Estados Unidos.
O lançamento da plataforma está prevista para o final do verão, altura em que deverão começar a ser transmitidos os primeiros programas.
O desenvolvimento de conteúdos próprios é uma tendência entre as principais empresas de Internet, que durante muito tempo se contentaram em abrir as suas plataformas a programas produzidos por terceiros.
Netflix, Amazon e a plataforma de televisão 'online' Hulu (empresa conjunta da Disney, Comcast, 21st Century Fox e Time Warner) estão já comprometidos com este caminho, seguido mais recentemente, e numa escala mais modesta, pelo YouTube e pela Apple.
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