O método, descrito na edição digital da revista científica PLOS ONE, foi testado numa sala especialmente construída para o efeito.
A divisão tinha paredes de alumínio, bem como teto e chão aparafusados a uma estrutura também de alumínio. Uma liga de cobre, com uma ranhura, foi colocada no centro da sala. Na ranhura foram inseridos condensadores (componentes que armazenam cargas elétricas).
Os peritos asseguram que conseguiram gerar, em segurança, ondas magnéticas que encheram o interior da sala, tornando possível o fornecimento de energia a vários telemóveis, ventoinhas e lâmpadas em simultâneo.
O método, sustentam, induziu correntes elétricas nas paredes, chão e teto metalizados da sala, que, por sua vez, geraram campos magnéticos que se difundiram no interior da divisão.
Tal permitiu que a energia fosse transmitida de forma eficiente a bobinas que funcionavam na mesma frequência de ressonância que a dos campos magnéticos.
As correntes elétricas induzidas foram canalizadas através de condensadores, que isolam potenciais campos elétricos prejudiciais.
"As nossas simulações mostram que podemos transmitir 1,9 kilowatts de energia (...), o equivalente para carregar 320 'smartphones' ao mesmo tempo", defendeu um dos criadores da tecnologia, Matthew J. Chabalko, citado num comunicado hoje divulgado pela Disney Research, a rede de laboratórios dos estúdios de cinema norte-americanos.
Para o principal investigador da Disney Research, Alanson Sample, o novo método permitirá que a energia elétrica se torne "tão omnipresente quanto o Wi-Fi [rede sem fios]", podendo ser usado em robôs, telemóveis ou computadores portáteis sem ter que ser necessário substituir baterias e cabos.
A rede de laboratórios da Disney desenvolve investigação em computação gráfica, animação, processamento de vídeo, robótica, computação móvel e redes sem fios.
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