O projeto vencedor vai ser conhecido na segunda-feira e as 10 semanas em Silicon Valley, nos Estados Unidos, começam já em abril, pela mão da americana Singularity University, em parceria com a Universidade Nova, a Câmara de Cascais e a empresa Beta-i.
A Singularity University, associada a projetos ligados à ciência e tecnologia, apresenta pela primeira vez em Portugal a competição “Singularity Global Impact Challenge”, um concurso de ideias, como explicou à Lusa o diretor do Centro de Negócios Digitais da Universidade Nova, João Castro.
De vários países chegaram 54 candidaturas, porque o objetivo da competição é que empreendedores, líderes, cientistas, engenheiros, “qualquer pessoa” como disse João Castro, apresentem ideias inovadoras que possam ajudar a resolver grandes desafios da humanidade e que afetem positivamente a vida de mil milhões de pessoas nos próximos 10 anos.
João Castro admite que é uma meta ambiciosa e nem sempre alcançável e preferiu enaltecer a qualidade dos projetos apresentados, considerando “frustrante não poder apoiar mais do que um”.
A maior parte dos projetos chegaram de jovens com alguma experiência na área da ciência e tecnologia, disse o responsável, explicando que entre os oito finalistas estão uma plataforma de “e-learning” (ensino à distância através da tecnologia), um interface para facilitar a ligação da população aos políticos e atrair mais pessoas a iniciativas do género “orçamento participativo”, e outro para criar um ambiente “online” mais seguro para as crianças.
Finalistas são ainda uma ideia na área da alimentação que pretende aproximar produtores e consumidores, outra de apoio à criação de contratos eletrónicos para energia, “tornar o mercado da energia parametrizável", como diz João Castro, e outra de gestão de donativos associados a projetos e causas sociais.
Um destes projetos vai ser premiado na segunda-feira e o autor fará um estágio pago na Singularity, que não é propriamente uma Universidade segundo o conceito tradicional de universidade, como disse João Castro à Lusa, explicando que a Singularity se internacionalizou e que há pessoas de “quase todo o mundo” a passar pelo programa, que agora chegou a Portugal com o nome “SingularityU Portugal Global Impact Challenge”.
João Castro não sabe se o projeto é para continuar em próximos anos, mas não tem dúvidas de que a tecnologia é incontornável também na gestão e na economia.
A Universidade Nova, na sua página na internet, considera que a iniciativa é um “acontecimento único” que tem como objetivo desenvolver inovações para resolver desafios mundiais nas áreas de energia, ambiente, alimentação, abrigo, espaço, água, resistência a catástrofes, “governance”, saúde, ensino, prosperidade e segurança, através do uso da tecnologia.
O programa “SU Ventures Incubator Program”, sediado no Parque de Investigação da NASA em Silicon Valley, “facultará aos vencedores a plataforma, a rede, a estrutura e o aconselhamento necessário para equipar estes futuros líderes com um conjunto de apetências fulcrais para conseguirem validar as suas ideias, juntar a equipa necessária, testar o seu produto e lançar, por fim, a sua startup”, diz também a Nova.
A empresa tecnológica Beta-i é uma organização portuguesa de empreendedorismo e inovação. A Singularity foi criada em 2009 por um engenheiro e um inventor e apoia atualmente grandes empresas da área da tecnologia.
Na sua página oficial afirma que tem como missão educar, inspirar e capacitar líderes para que apliquem tecnologias exponenciais para enfrentar os grandes desafios da humanidade.
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