“Esperamos que, em Évora e em Portugal, a Embraer seja um exemplo e que invista no conhecimento, no emprego qualificado e, em particular, ajude a Universidade de Évora (UÉ) a desenvolver a área da ciência e tecnologia aeronáutica”, afirmou.
Manuel Heitor falava aos jornalistas à margem da conferência “Évora Aero Tech Day`s”, promovida pela UÉ em conjunto com o Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo (PCTA).
Na sua intervenção na sessão de abertura do evento, o governante disse, em tom crítico, que a Embraer “não é o melhor exemplo” de empresas que investem no conhecimento, afirmando esperar que a construtora brasileira seja “diferente” em Portugal.
Manuel Heitor contou que esteve, recentemente, num centro de ciência e tecnologia em São José dos Campos, no Brasil, onde “muitos parceiros académicos e tecnológicos se queixavam da falta de investimento da Embraer” na área do conhecimento.
“Esperamos que a Embraer possa usar Évora e Portugal para mostrar um maior envolvimento do setor privado no investimento no conhecimento e nas pessoas”, insistiu.
O ministro desafiou a construtora aeronáutica brasileira e outras empresas e as instituições de ensino superior a “montarem um arranjo colaborativo” para “estimular o emprego científico e qualificado” no setor da aeronáutica.
Na sessão, o presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá, revelou que, atualmente, sete empresas ligadas ao setor da aeronáutica “estão a instalar-se” na cidade.
“Estão a decorrer, em Évora, 170 milhões de euros de investimento”, que “vão criar, nos próximos anos, incluindo já este, 964 postos de trabalho diretos”, adiantou o autarca alentejano.
Pinto de Sá adiantou que esteve hoje na cidade “uma delegação da associação de aeronáutica francesa”, que “representa 172 empresas do setor” em França, para uma visita ao parque da indústria aeronáutica.
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