"Esta era uma infraestrutura que merecia já, na nossa ótica e na ótica dos utilizadores, uma modernização efetiva, de forma a que a informação estivesse sistematizada e passível de ser utilizada", afirmou a diretora da Direção-Geral do Território (DGT).

Fernanda do Carmo, que falava hoje durante o 4.º Encontro Nacional de Infraestruturas de Informação Geográfica (ENiiG), na Fundação Engenheiro António de Almeida, no Porto, salientou que, com esta "modernização", os utilizadores passam a saber "que informação geográfica" existe no SNIG e "quais as suas características".

O geoportal do SNIG, cujo logótipo foi também atualizado, encontra-se por isso dividido em três segmentos: no 'Acesso' ao Registo Nacional de Dados Geográficos (RNDG), na 'Partilha' de informação geográfica e no 'Saber mais' sobre o SNIG.

No segmento intitulado 'Acesso', os utilizadores podem pesquisar, através do RNDG, os "catálogos de metadados" existentes no sistema, que, anteriormente era composto por mais de 19 mil elementos e que, com esta atualização e, consequentemente "simplificação" tem, neste momento, disponíveis para consulta 4.590 dados geográficos.

Nesta secção do geoportal, os utilizadores podem ter acesso, por exemplo, a dados sobre os Planos de Pormenor de determinadas autarquias do país, ou até mesmo sobre cartografias e ortofotomapas do território nacional.

Por sua vez, no segmento intitulado 'Partilha', as "entidades parceiras" da DGT podem partilhar a informação geográfica que recolheram, sendo este um dos princípios da diretiva INSPIRE, infraestrutura europeia de informação geográfica.

Já na secção 'Saber Mais', os utilizadores podem encontrar informações sobre o SNIG, a sua legislação, coordenação, grupos, redes e até sobre a diretiva INSPIRE.

Para Fernanda do Carmo, esta modernização do SNIG é o reflexo do "progresso" que tem vindo a ser feito, nomeadamente na produção de informação geográfica em Portugal, apesar ainda existirem "lacunas" neste âmbito.

"A informação geográfica produzida não é plenamente utilizada. Porquê? Porque nos falta esta capacidade, primeiro, de abrir a informação, ter esta visão de abertura e, depois, mesmo que se tenha esta visão, a não facilidade que temos de ter ferramentas que nos permitam partilhar essa informação (...) e torná-la mais acessível para os cidadãos", sublinhou.

Também o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), Fernando Freire de Sousa, salientou a importância de existirem ferramentas como o geoportal, admitindo, contudo, ser ainda necessária a "articulação direta entre as diferentes entidades".

"É cada vez mais uma voz presente a ideia de que as questões do território são questões ultrapassadas e eu acho o contrário", referiu, afirmando que na sua perspetiva "é preciso que o ordenamento do território se articule com a área do ambiente, jurídica, financeira e informática".

No encontro, que visa promover e partilhar a informação geográfica do território nacional, vai estar presente, na sessão de encerramento, a secretária de Estado do Ordenamento do Território e Conservação da Natureza, Célia Ramos.

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