A tecnológica, de Viana do Castelo, quer captar o investimento necessário para lançar o produto no mercado, o que inclui o desenvolvimento final, contratar recursos humanos e despesas relacionadas com 'marketing' e comunicação, de acordo com a empresa.
"É a primeira vez que estamos na Web Summit e é a primeira vez que nos apresentamos publicamente em qualquer tipo de exposição", disse à Lusa o presidente executivo e um dos fundadores da Ablute, Nuno Marujo.
A Ablute está à procura de captar uma ronda de 800 mil euros. Até agora, a empresa já investiu cerca de 150 mil euros.
A ideia "surgiu como um todo no projeto", ou seja, "nunca saiu a ideia de sanitário dissociado da parte urinálise, o que nos foi sugerido foi lançar numa fase embrionária" a sanita inteligente que poupa água e depois avançar mais tarde para a questão da urinálises, explicou Nuno Marujo.
De acordo com a empresa, a sanita poupa 92% de água, quando comparada com uma sanita tradicional.
Só para se ter uma ideia, uma sanita tradicional consome cerca de seis litros por utilização, enquanto que a da Ablute utiliza apenas 0,5 litros, incluindo já a lavagem com água pressurizada, adianta a 'startup'.
Ou seja, não só poupa água como também procede à sua limpeza (de forma automática).
A Ablute vai ser lançada no mercado em duas fases: numa primeira fase será lançado o equipamento sanitário, ou seja, a sanita inteligente que permite o consumo de água de forma eficiente e eliminação de bactérias através da limpeza pressurizada, o que acontecerá no início do próximo ano.
Em 2023, terá lugar o lançamento da Ablute já com dispositivo médico integrado, que faz as análises à urina.
"Estamos neste período de cerca de 18 meses a desenvolver os componentes da parte médica para lançar", acrescentou o presidente executivo, além de também obter as aprovações necessárias para as análises feitas pela Ablute serem reconhecidas.
Nuno Marujo adiantou que a Ablute está "já em colaboração com um laboratório" de análises clínicas.
O investimento que a 'startup' pretende captar visa o desenvolvimento da tecnologia utilizada na Ablute - Lab-on-a-Chip (LOC) -, que a também fundadora e administradora com pelouro tecnológico (CTO) Carla Dias sintetiza de forma simples como um "laboratório numa placa eletrónica".
O LOC permite que a Ablute faça análises dos 14 biomarcadores para cada um dos três mercados onde a 'startup' pretente atuar: 'sport performance'; saúde feminina; e longevidade, esta última visa a população mais idosa, que poderá ter a sanita inteligente em casa através de parcerias com entidades como seguradoras que ofereçam este tipo de serviços, evitando deslocação ao laboratório.
A Web Summit decorre entre 1 e 4 de novembro em Lisboa, em modo presencial, depois de a última edição ter sido 'online' e a organização espera cerca de 40 mil participantes, segundo revelou, em setembro, Paddy Cosgrave, presidente executivo da cimeira tecnológica.
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