Numa antecipação ao que será publicado no próximo ano, as editoras revelam alguns dos livros e autores a chegarem proximamente às livrarias, como é o caso da autobiografia do Papa, “Esperança”, a primeira alguma vez escrita por um Papa no ativo, editada pela Nascente.

Também do grupo Penguin Random House Portugal, mas pela Companhia das Letras, vão sair os quatro primeiros romances de Clarice Lispector, de quem será publicada a obra completa.

Na mesma chancela, haverá um novo livro para juntar à coleção de não-ficção literária, da autoria da poeta Margarida Ferra, que se estreia na prosa, e um novo livro de Hugo Gonçalves.

A Elsinore celebra dez anos e vai lançar dez livros, na sua grande maioria de mulheres escritoras, entre as quais algumas novidades, como Ariana Harwicz, a par de nomes já presentes no catálogo, como a portuguesa Cláudia Andrade, as argentinas Fernanda Melchor e Samanta Schweblin, a italiana Michela Murgia e a brasileira Tatiana Salem Levy.

Entre as novidades da Bertrand Editora, inclui-se a publicação do romance “O Julgamento de Espinosa”, de Jacques Schecroun, da biografia “O Imperador Vermelho: Xi Jinping e a Nova China”, de Michael Sheridan, e o policial “A Pluma Mágica de Gwendy”, de Richard Chizmar.

Na Quetzal, um dos destaques é a reedição de “O Papagaio de Flaubert”, de Julian Barnes, um dos mais falados finalistas do Prémio Booker, em 1984, vencedor dos Medicis e Fémina, numa edição especial que assinala os 40 anos da primeira publicação, com prefácio do próprio Julian Barnes.

“História da Medicina Portuguesa Durante a Expansão”, de Germano de Sousa, na qual o autor faz “uma reflexão sobre o que foi a história da atividade médica e assistencial em Portugal e nas terras descobertas”, é uma das novidades da Temas e Debates.

Um livro de viagens do escritor cubano Leonardo Padura, “Ir a la Habana”, “O Ateliê dos Recomeços”, da escritora coreana Yeon Somin, inédita em Portugal, e "Victoria", romance vencedor do Prémio Planeta 2024, da autora espanhola Paloma Sánchez-Garnica, vão ser lançados pela Porto Editora.

A Assírio & Alvim recupera a edição de 1992 de “As Flores do Mal”, de Charles Baudelaire, com tradução de Fernando Pinto do Amaral, vencedora dos prémios PEN Club e Associação Portuguesa de Tradutores.

“Prestidigitação”, de Maria Stepánova, considerada uma das escritoras mais talentosas da atual literatura russa, de quem está publicado em Portugal apenas o livro “Memória da memória”, é uma das apostas da Relógio d’Água.

A editora tem no seu planeamento editorial para o próximo ano a publicação de novos livros de autores portugueses, como é o caso de Ana Teresa Pereira, com “Have Ya Got Any Castles, Baby”, e Rui Nunes, com “Não é ainda o pânico”.

Da escritora catalã Eva Baltasar, sairá o romance “Boulder”, que foi finalista do prémio Booker 2023, e da chinesa Can Xue, frequentemente apontada como um dos nomes favoritos ao Nobel da Literatura, será publicado o romance “Fronteira”, o segundo da escritora a ser editado em Portugal, depois de “O amor no novo milénio” (Quetzal).

A Relógio d’Água vai ainda lançar uma série de novos livros de nomes consagrados que já constam do seu catálogo, como é o caso de Marilynne Robinson, de quem publicará “Uma leitura do génesis”, Maggie O’Farrell, com “O estranho desaparecimento de Esme Lennox”, Rachel Cusk, “Obra de uma vida”, e Jenny Erpenbeck, “Visita”.

Outros autores que estão de volta a esta editora são a japonesa Yoko Ogawa, de quem será publicado “A empregada e o professor”, o americano-líbio Hisham Matar e o seu romance “Os meus amigos”, o dramaturgo, roteirista, cineasta e romancista britânico de ascendência paquistanesa Hanif Kureishi, com “Destroçado”, e o australiano Richard Flanagan, com o romance “Problema 7”, vencedor do prémio Baillie Gifford.

Outros destaques da Relógio d’Água são a publicação do primeiro volume de “The Torch Trilogy”, “Songlight”, de Moira Buffini, a edição inédita em Portugal do romance de Edith Wharton “Os Costumes do País”, original de 1913, e a publicação de “Os Lobos da Floresta da Eternidade”, de Karl Ove Knausgård.

A Almedina vai lançar uma nova coleção, “Astros do futebol”, cujos primeiros dois volumes, da autoria de Luque Paton, são dedicados à história dos jogadores Cristiano Ronaldo e Lionel Messi, na chancela Minotauro.

“Mais poderosos do que os Estados”, de Christine Kerdellant (Edições 70), e “O direito de não ser desinformado”, de Vania Baldi (Edições Almedina), são outros destaques da editora.

O romance vencedor do Prémio Literário Agustina Bessa-Luís 2024, “O Processo”, de Dulce de Souza Gonçalves, a obra crítica “O Silêncio dos Livros seguido desse vício ainda impune”, de George Steiner e Michel Crepú, em nova edição com prefácio de Onésimo Teotónio Almeida, e um novo romance do escritor britânico Ian McEwan são algumas das novidades da Gradiva para 2025.