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“The Boys”, um mundo em que os super-heróis são os vilões

Imagina uma realidade paralela à nossa em que os super-heróis não são apenas personagens ficcionais criadas nas bandas desenhadas, em que não são apenas adaptações de universos da Marvel ou da DC ao grande ecrã (levando milhões de pessoas às salas de cinema) e em que não são apenas as principais atrações em parques de diversão espalhados pelo mundo inteiro.

Na série “The Boys”, os super-heróis não só fazem parte do nosso dia-a-dia, como são uma das indústrias em maior crescimento na economia americana. A história cumpre aquela tradição de 99% de todos os heróis do mundo se localizarem nos EUA, mas vamos esquecer isso por uns segundos e falar do que interessa. Na série, os super-heróis são utilizados como uma analogia para a forma como celebridades são tratadas não só pela indústria do entretenimento, mas pelos media de uma maneira geral. Têm uma empresa responsável pela gestão da sua carreira, a Vought, que trata das marcas que decidem patrocinar, dos eventos que decidem marcar presença e dos filmes que decidem dar a cara.

"Acho Que Vais Gostar Disto" é uma rubrica do SAPO24 em que sugerimos o que ver, ler e ouvir.

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As caras da Vought são um grupo chamado “The Seven” (os Sete) liderados por um super-herói chamado Homelander, que só pode ser descrito como o resultado de uma mistura entre o Capitão América e o Super Homem. Contudo, neste mundo os The Seven são mais relações públicas do que salvadores de pessoas. Existe um processo de candidatura de diversos estados americanos para poderem ser representados por um deles e muitos dos crimes que impedem são planeados, acabando os "heróis" por estar num constante concurso de popularidade. Isto tudo, ao mesmo tempo em que acreditam que os seus poderes lhes foram dados por Deus, o que não só os torna em pessoas com um feitio difícil de aturar como poderá não ser necessariamente verdade (como irás descobrir ao longo dos episódios).

  • Há espaço para o romance: entre Starlight, uma super-heroína dos “The Seven”, e Hughie, um comum mortal que viu a sua ex-namorada ser acidentalmente assassinada pelo herói mais veloz do universo.
  • Uns vilões ao contrário: da mesma forma que existe um grupo de super-heróis que passam por vilões, também existe um grupo de “vilões”, os The Boys que acabam por querer derrotar os super-heróis e desmascarar o esquema corrupto em que estão envolvidos.
  • Claro que tem origem na banda desenhada: com o mesmo nome e a série tem como produtores executivos Seth Rogen e Evan Goldberg que trazem a sua longa parceria para o mundo dos super-heróis.
  • Onde ver: os 8 episódios da primeira temporada estão disponíveis na Amazon Prime Video (e uma segunda já foi confirmada)

20 anos de Marshall Mathers LP

Em 1999, Eminem já se estava a tornar numa das maiores estrelas do hip-hop. Em parceria com o famoso produtor Dr. Dre e com a sua editora Aftermath, o rapper lançou o “The Slim Shady LP” que nesse ano venceu um Grammy de melhor álbum de Rap.

Não satisfeito, começou logo a trabalhar no seu projeto seguinte que se iria chamar “The Marshall Mathers LP”, utilizando o nome real do artista de Detroit. Indicando um registo mais sério, com este álbum Eminem ia procurar no seu tom satírico mas às vezes “violento”, abordar os efeitos que a fama do álbum anterior lhe deu e também a forma como tinha sido criticado pelo media, por ser um “branco” a tentar vingar num estilo musical mais característico da comunidade negra e pelo modo como falava sem filtros de alguns temas considerados mais sensíveis.

Lançado a 23 de maio de 2000, “The Marshall Mathers LP” tornou-se no álbum a ser mais rapidamente vendido por um artista a solo e no álbum de rap mais vendido da história, com quase 1.8 milhões de discos vendidos… apenas na primeira semana. Acabou por vender 22 milhões de cópias no total, vencer todo o tipo de prémios e tornar-se no álbum que definiu o resto da carreira do rapper americano. Junta-te a mim a celebrar o seu aniversário.

créditos: MadreMedia/DR

Natalie Wood, uma estrela que desapareceu demasiado cedo

Na minha opinião, existem dois motivos pelos quais vemos documentários: para ter mais conhecimento sobre um determinado tema, pessoa(s) ou acontecimento com o qual já estávamos familiarizados e para descobrir histórias completamente novas dentro de temas que já gostamos, como o desporto, o crime ou o mundo do entretenimento.

A história de “Natalie Wood: What Remains Behind” conta não só o percurso da atriz Natalie Wood para se tornar numa das maiores estrelas de Hollywood nas décadas de 50, 60 e 70, mas também a sua morte trágica quando tinha apenas 43 anos. Wood, filha de pais imigrantes russos, depois de adotar este nome artístico tornou-se uma estrela do cinema ainda em criança com o filme “Tomorrow is Forever”, onde contracenou com o lendário ator e realizador Orson Welles. Ao longo da sua carreira, teve um papel importante na luta pelos estatutos das mulheres na indústria, não apenas na desigualdade salarial face aos homens, mas em termos do poder de decisão que tinham nos projetos em que participavam.

No lado pessoal, também observamos no documentário a evolução da sua relação mediática com o ator Robert Wagner com o qual se casou duas vezes (com um divórcio pelo meio e não com uma renovação de votos). E foi precisamente num passeio no iate do casal, onde também estava o ator Christopher Walken (amigo da atriz, com quem tinha contracenado no seu mais recente projeto), que a atriz morreu misteriosamente afogada. A verdade nunca foi completamente descoberta e ainda hoje existem suspeitas se terá sido um acidente e se algum dos atores terá estado envolvido.

Narrado em grande parte por Natasha, filha mais velha de Natalie, o documentário deixa uma homenagem ao impacto da atriz no cinema e permite que fiquemos com uma melhor imagem de como era atriz, com as suas virtudes e defeitos.

  • O legado de Natalie Wood: Entre os seus filmes mais famosos estão “Rebel Without A Cause” (Fúria de Viver), ”Splendor In The Grass” (Esplendor na Relva) e “West Side Story” (Amor Sem Barreiras).
  • Conta com caras conhecidas: participam no documentário o próprio Robert Wagner, o ator Robert Redford e a atriz Mia Farrow.
  • Onde ver: o documentário está disponível na HBO Portugal.

Créditos finais

  • É Desta Que Leio Isto é o grupo de leitura do qual queres fazer parte e ouvi dizer que na próxima reunião vai-se discutir o livro "1984" de George Orwell. Junta-te aqui.
  • Esta semana foi anunciado que irá ser lançada uma versão de quatro horas do filme “Liga da Justiça” ao qual se chamou "The Snyder Cut: Justice League". Este trailer do Honest Trailers foi das coisas que mais me fez rir durante a semana.
  • Falando em trailers mais sérios, Christopher Nolan lançou o do seu filme “Tenet” que sairá nas salas de cinema ainda este ano e posso dizer que promete.
  • E se os concertos passassem a acontecer em drive-ins e os pudéssemos ver do nosso carro? É essa a solução que a Live Nation, a maior empresa de organização de concertos, está a pensar para os seus artistas poderem tocar. Descobre como aqui.
  • O jogo "Pac-Man" celebra 40 anos. Lê um pouco mais sobre a sua história com este artigo do The Guardian.

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