O anúncio foi feito hoje pelo secretário regional do Mar, Ciência e Tecnologia, Gui Menezes, que visitou o local, a bordo do submersível "Lula 1000", pertencente à Fundação Rebikoff-Niegeller, responsável pela descoberta do submarino.
"A Direção Regional da Cultura e a Direção Regional dos Assuntos do Mar vão avançar com esta classificação, por dois motivos: pelo seu valor histórico e cultural e também pelo seu valor científico", realçou o governante, adiantando que os organismos que se fixaram no costado do submarino, devem também ser estudados do ponto de vista científico.
O submarino alemão "U 581" afundou-se ao largo da costa sul da ilha do Pico, em 1942, faz agora 75 anos, depois de ter sido perseguido por um navio inglês, que se encontrava atracado no porto da Horta, e que detetou a presença do submarino junto à costa do Faial.
Segundo relata o Instituto Histórico da Ilha Terceira, no livro "Os Açores nas duas Guerras Mundiais", o navio inglês "HMS Westcott" avistou o submarino e lançou várias cargas de profundidade, que provocaram ondas de choque que fraturaram o casco do U-581, fazendo com que a água entrasse para o seu interior.
O submarino foi abrigado a subir à superfície, acabando por ser abandonado pela tripulação alemã.
Na altura, morreram quatro homens, um fugiu para terra e 39 foram feitos prisioneiros de guerra.
O submarino alemão está afundado, desde então, a 870 metros de profundidade e só foi descoberto recentemente pelo submersível "Lula 1000", um submarino tripulado, de pequenas dimensões, com capacidade para operar a 1.000 metros de profundidade, pertencente à Fundação RebiKoff-Niegeler, com sede na ilha do Faial.
Gui Menezes anunciou também que o Governo Regional vai assinar um protocolo com aquela fundação (que tem efetuado vários trabalhos de investigação científica nos mares dos Açores), no sentido de fazer o mapeamento de lixo existente no mar profundo.
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