A homenagem tem lugar no Fórum Lisboa, às 17:00, e assinala o 50.º aniversário da edição do EP “Manuel Freire canta Manuel Freire”.

Tocá Rufar, Uma Vontade de Música, Segue-me à Capela, B Fachada e Benjamim atuam na primeira parte do espetáculo.

A segunda parte é preenchida por Manuel Freire, acompanhado pelo trio de João Paulo Esteves da Silva (piano), Diolo Alexis (contrabaixo) e Samuel Dias (bateria).

O disco de estreia “Manuel Freire canta Manuel Freire” foi publicado em 1968, e integrava os temas "Dedicatória", "Eles", "Livre" e "Pedro Soldado". Um ano depois, a mais conhecida canção do músico, “Pedra filosofal”, foi revelada no programa televisivo “Zip zip”.

Desde então a criação musical de Manuel Freire não parou.

Em 1971, editou o EP “Dulcineia” e o álbum “Manuel Freire”, no qual recolhe os temas que havia gravado nos trabalhos de pequena duração e em que musicou poetas como António Gedeão, José Gomes Ferreira, Fernando Assis Pacheco, Eduardo Olímpio, Sidónio Muralha e José Saramago, entre autores.

Em 1972, interpretou a canção da banda sonora da longa-metragem de Alfredo Tropa, “Pedro Só” - banda sonora composta em parceria com Manuel Jorge Veloso - antecedendo nova colaboração com o realizador, em 1980, no filme “Bárbara”, cuja música compôs e interpretou.

Em 1973, lançou o EP com os temas "Abaixo D. Quixote", "Pequenos deuses caseiros", "Menina bexigosa" e "Ouvindo Bethoven"

No mesmo ano, participou no LP "De viva voz", de José Jorge Letria, gravado ao vivo com a participação de José Afonso.

Em 1977, Manuel Freire lançou um single com os temas "Que Faço Aqui" e "Um Dia", da peça "Os Emigrantes", de Slawomir Mrozek, que compôs para o Teatro Experimental do Porto. Contou com a colaboração de Luís Cília, no LP "Devolta", de 1978. O disco lançado pela CGTP-IN em 1986, "100 anos de maio", inclui a sua música "Cais das Tormentas".

Em 1999, Manuel Freire editou “As canções Possíveis”, apenas com poemas de José Saramago.

Em 2000, para a Direção Geral das Florestas, fez o CD “Florestas em movimento”, com Carlos Alberto Moniz.

Em 2006, editou, com Vitorino e José Jorge Letria, o CD “Abril, Abrilzinho” e, um ano depois, o CD “Manuel Freire canta Vitorino Nemésio”, com o apoio do então Governo Regional dos Açores.

O espetáculo de domingo coincide com o 31.º aniversário da Associação José Afonso, criada poucos meses depois da morte do criador de "Grândola, vila morena", com o objetivo de preservar, estudar e difundir o seu legado.

O reconhecimento da atividade da AJA tem chegado de vários lados: em 2002, a Câmara Municipal do Seixal atribuiu a medalha de mérito cultural a esta Associação e, em dezembro de 2011, por despacho da presidência do Conselho de Ministros foi reconhecido à AJA o Estatuto de Utilidade Pública.

Em, 2012, a Associação foi agraciada com a Medalha de Honra da Cidade de Setúbal onde tem a sua sede nacional, na Casa da Cultura, e, em 2017, no âmbito do projeto “30 Anos – Insisto não ser Tristeza”, o Ministério da Cultura concedeu à associação o estatuto de interesse cultural.