Depois de ter saltado para o colo de Samuel L. Jackson e naquele que se pode considerar como o mais perto de discurso político que a noite teve, Spike Lee, ativista pelos direitos dos negros nos Estados Unidos, apelou, entre outras coisas, a uma "escolha moral entre o amor e o ódio".
Donald Trump não gostou e recorreu, mais uma vez, o Twitter para responder.
"Seria bom se Spike Lee pudesse ler as suas anotações, ou melhor ainda, não usar notas, ao fazer um ataque racista contra o seu Presidente, que fez mais pelos afro-americanos (Reforma da Justiça Criminal, números mais baixos de desemprego na história, cortes de impostos, etc.) do que quase qualquer outro Presidente”, escreveu.
"A palavra hoje é “ironia”. A data, dia 24. O mês, fevereiro, que também calha ser o mês mais curto do ano, e que também é o mês da História dos Negros. O ano, 2019. O ano, 1619. História. Essa história. 1619, 2019. 400 anos.”
Começou assim o discurso com que Spike Lee agradeceu o Óscar, que continuou da seguinte forma:
“[Há] quatrocentos anos. Os nossos antepassados foram roubados da Mãe África e trazidos para Jamestown, Virginia, escravizados. Os nossos antepassados trabalharam a terra desde antes de ser manhã até depois de já ser noite. A minha avó, que viveu 100 anos, era uma licenciada do Spelman College, apesar da mãe dela ser escrava. A minha avó que poupou 50 anos dos seus abonos de segurança social para por o seu primeiro neto – ela chamava-me Spike-poo – no Morehouse College e na escola de cinema da N.Y.U. N.Y.U.!
Antes do mundo que esta noite nos vê, eu agradeço aos nossos antepassados que fizeram deste país o que é hoje ao lado do genocídio das populações nativas. Todos temos de nos relacionar com os nossos antepassados. Iremos recuperar amor e sabedoria, iremos recuperar a nossa humanidade. Será um momento poderoso. As eleições presidenciais de 2020 estão aí. Vamos mobilizar-nos. Vamos todos estar do lado certo da história. Façam a escolha moral entre o amor e o ódio. Façam o que é certo”.
Recorde aqui o momento:
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