Segundo a Câmara de Beja, que promove o festival em parceria com a Ouvir e Contar - Associação de Contadores de Histórias, as iniciativas, gratuitas e para públicos de todas as idades, vão decorrer em vários espaços da cidade e de aldeias do concelho.
O festival arranca na terça-feira, às 18:00, na Biblioteca Municipal de Beja, com a sessão de abertura, seguindo-se, às 18:30, a conversa "Artífices do Tempo", com o "mestre" Torrão, que irá contar "estórias que moram" na "arte sem tempo" do cante alentejano.
Contadores convidados irão contar "Contos para enganar o tempo" a utentes de instituições particulares de solidariedade social de Beja, entre quarta e sexta-feira, e "Histórias para brincar com o tempo", a pais e filhos, no edifício do antigo Hospital da Misericórdia, entre quinta-feira e domingo.
Através da iniciativa "No comer e no contar, o pior é começar", o festival vai promover três jantares narrados, o primeiro na terça-feira, o segundo na quarta-feira e o terceiro no domingo, os quais contarão com a participação de contadores de histórias convidados e serão abertos a interessados mediante inscrição prévia.
Cinco noites do festival vão ser animadas com sessões de contos e histórias a cargo de narradores de vários cantos do mundo, a começar com a iniciativa "Há contos na Mouraria!", na terça-feira, na igreja de Santa Maria, a partir das 21:30.
Na noite de quarta-feira, no edifício do antigo Hospital da Misericórdia, o contador português Jorge Serafim irá contar "Histórias de que se contam por aí", a partir das 21:00.
Segue-se, na noite de quinta-feira, também no edifício do antigo Hospital da Misericórdia, "Histórias de que se contam por aí", pela portuguesa Ana Sofia Paiva, às 21:30, e uma "Roda de Narradores", a partir das 23:00, com os espanhóis Ana Griott e Celso Sanmartin e a portuguesa Cláudia Fonseca.
Nas noites de sexta-feira e sábado, entre as 21:30 e as 00:00, no edifício do antigo Hospital da Misericórdia, serão contadas "Histórias à margem do tempo" por vários contadores de Colômbia, Portugal, Brasil, Espanha, Argélia, Bélgica, Itália e Irlanda.
No sábado, durante o dia, através da iniciativa "Narrare Humanum Est", o festival vai promover tertúlias para narradores cruzarem "experiências, certezas e dúvidas" e refletirem sobre "o papel da narração e das narrativas na construção e no entendimento do mundo e do outro".
Espetáculos narrativos e poéticos, no Teatro Municipal Pax Julia, e o "Mercadinho de Coisas Miúdas", no edifício do antigo Hospital da Misericórdia, com conversas com contadores e à volta de livros, brinquedos, olhares e memórias, são outras iniciativas previstas.
O festival também vai concluir concertos do músico e cantor português Eduardo Ramos, na quarta-feira, dos Parapente 700, na sexta-feira, das Moçoilas, no sábado, e dos Samba sem Fronteiras, no domingo, sempre ao final da noite, no edifício do antigo Hospital da Misericórdia.
Através da iniciativa "Contos d'ir ao fresco", o festival vai para fora da cidade nas noites de terça-feira a sábado para contadores contarem histórias em espaços públicos de 12 aldeias do concelho de Beja.
O festival nasceu em 2016 da aposta da Câmara de Beja em dar outra regularidade ao projeto de promoção da leitura, da narração oral e da literatura associado ao Palavras Andarilhas - Encontro de Aprendizes do Contar.
O Contar, que se realiza todos os anos, veio substituir o Festival da Narração, através do qual o Palavras Andarilhas, que mantem a periodicidade bianual e a componente de formação para profissionais da leitura, da narração oral e da literatura, se abria ao público em geral com uma programação composta por várias iniciativas, sobretudo sessões de contos.
Comentários