O DJ e produtor Branko e a fadista Cristina Branco, que recentemente editou o disco "Eva", abrem hoje a rubrica "Café Arruada". A programação terá continuidade ao longo da semana, até domingo, sempre pelas 21h30 no Instagram da Arruada. São trinta minutos de conversa com a curadoria da agência que, para além da gestão de vários artistas, faz assessoria de festivais como o EDP CoolJazz e o ID No Limits.

Amanhã será a vez do jornalista Bruno Martins (Antena 3) estar à conversa com Pedro Fradique, programador cultural do Lux. Na quarta, o realizador João Pedro Moreira senta-se com o fotógrafo Pedro Mkk.

Márcia e João Manzarra ocupam a noite de quinta-feira e o programador cultural Luís Sagado (Maus Hábitos, Porto) e a realizadora e fotógrafa  Joana Linda encontram-se sexta-feira.

No sábado, a conversa cruza o Atlântico com Kalaf Epalanga, produtor e escritor, e Mário Canivello, empresário e representante de artistas como Cauã Reymond e Mallu Magalhães, bem como assessor de três décadas de Chico Buarque.

A fechar, no domingo, Dino D'Santiago, que recentemente editou o álbum "Kriola," e o fotógrafo brasileiro a viver em Portugal, Daryan Dornelles.

A partilha de experiências, de universos musicais distintos e de disciplinas artísticas diferentes foi o ponto de partida para a iniciativa, conta Pedro Trigueiro, diretor da agência.

“Vamos meter pessoal a falar. Mas não quero debates, não quero confronto. Não quero meter um programador do teatro a falar com o programador de um club. Porque isso vai gerar ‘o que já fiz’ e ‘o que tu já fizeste’", explica.

“São conversas livres sobre o que se está a fazer e o que se deixou de fazer. Ou não, até podem escolher um quadro do Pollack e falarem sobre ele, é o que entenderem", atira. Sem "a profundidade académica ou científica”, no "limite é uma conversa de café. “O critério é que haja um ponto de ligação” entre quem está à conversa, mesmo que “haja malta que até nem se conhece”.

Sobre uma segunda edição ou planos para levar o formato para outras plataformas, Trigueiro prefere ainda não falar. “Porque não fazer uma segunda? Não está de todo fora de hipótese. O que quero, por agora, é que esta corra bem. E o correr bem é extremamente vago. Sei que umas conversas terão uns números melhores [de visualizações], até por umas figuras serem mais públicas que outras, mas se andasse atrás de números talvez não andasse nesta área. Ando atrás de gerar interesse”.