“A cidade de Viseu elege o seu património gastronómico e os seus atributos à mesa como um mote de valorização cultural e turística e, neste âmbito, vamos desenvolver um plano anual de ação em três eixos”, avançou à agência Lusa António Almeida Henriques (PSD).
O presidente de câmara explicou que este plano passará pela “valorização cultural, patrimonial e económica de produtos locais, a qualificação de recursos e operadores económicos e um terceiro eixo virado para a promoção e animação” turística.
Como público-alvo, continuou o autarca, está a “comunidade local e regional e todo o mercado nacional e ibérico, que acaba por ser o destino que mais procura” Viseu e, por isso, ao longo do ano a gastronomia assumirá o papel principal nos diversos eventos da cidade e será o mote para novas iniciativas.
“Para 2019 há aqui algumas novidades, desde a criação - e terá a sua primeira reunião em janeiro - de um fórum de turismo local, que passa a ser um órgão consultivo da autarquia, onde os vários parceiros ligados ao turismo têm assento, não só na perspetiva de discutir as políticas, mas também de articular as diferentes ações, desde o programa cultural a todas as ações de 'marketing'”, contou o autarca.
Viseu estará também no início do ano, e pela primeira vez, na Feira Internacional de Turismo de Madrid (FITUR), onde será apresentada “toda a oferta viseense, com foco na gastronomia, e será uma participação ativa”. Marcará ainda presença, “como é habitual, na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), este ano com o enfoco na gastronomia”.
“Durante o ano irão decorrer ações formativas para a fileira gastronómica e restauração local e iremos também realizar ações educativas de gastronomia saudável, voltadas para a comunidade escolar e famílias, dentro da nossa lógica de alimentação nas escolas”, revelou.
Almeida Henriques lembrou os “programas em curso de alimentação mediterrânica, de uma alimentação saudável" e "o combate à obesidade”. Revelou ainda que “também os museus municipais estarão dedicados ao património gastronómico” de Viseu.
“A cozinha beirã é uma cozinha genuína. Em Viseu come-se bem desde o restaurante mais modesto ao mais elaborado, os nossos pratos acabam por ser reconhecidos como de grande qualidade e esta nova geração de 'chefs' está a trazer um apuramento à nossa cozinha, é importante potenciar a nossa gastronomia”, justificou o autarca.
O presidente do executivo municipal esclareceu também que a formação que vai acontecer nesta área da restauração resulta de “um projeto privado, que dentro de pouco tempo será apresentado", sublinhando que o mesmo "será também uma mais valia para a vertente da cozinha e atendimento”. Destacou também "a formação que decorre na Casa da Ribeira” e o “trabalho com a AHRESP que tem sido desenvolvido e que terá continuidade”.
A AHRESP - Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal “já certificou alguns restaurantes em Viseu e a ideia é continuar a certificar mais”, explicou o autarca, que também quer “manter os padrões de qualidade” dos que já foram certificados.
“No fundo, queremos promover os nossos produtos tradicionais e a autenticidade dos produtos que são o resultado da cozinha. Por outro lado, introduzir inovação, que é o que têm feito os novos 'chefs' que não optaram por uma cozinha ‘gourmet’ minimalista, mas mais apurada com uma quantidade que satisfaz quem degusta os produtos e, julgo, há espaço para os nossos cozinheiros tradicionais e para os novos 'chefs'”, defendeu o autarca.
O destino nacional gastronómico nasce no âmbito da estratégia do 'marketing' territorial que a autarquia e a Viseu Marca têm vindo a promover desde 2017, com a criação do ano oficial para visitar Viseu. Em 2018, Viseu foi cidade europeia do folclore.
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