Comida feita no fogo, música e arte rupestre, tudo no Museu do Côa, em Vila Nova de Foz Côa, um dos maiores museus portugueses, engastado no topo da colina, onde repousa arte pré-histórica e a paisagem vinhateira do Douro.

Trata-se de uma edição especial ligada ao Paleolítico, a primeira pop-up a norte do país, depois de Almada e Aveiro. "É uma coisa que há muito queríamos fazer. E muito diferente, também porque tentamos adaptar a história daquilo que estamos a fazer ao local, celebrando a sua cultura", diz Gonçalo Castel-Branco, promotor do evento.

Desta vez, o festival chega em dois turnos e num formato mais intimista do evento principal, que teve lugar em setembro, no Estoril, pelo quinto ano consecutivo, com mais de 30 chefs nacionais e internacionais e 12 concertos de música portuguesa aos longo de três dias.

Este sábado, o almoço, servido entre as 12h00 e as 17h00, ficará a cargo do chef Óscar Geadas, do G Pousada, restaurante com estrela Michelin desde 2016. O jantar, servido entre 18h00 e as 23h00, estará nas mãos do chef Pedro Lemos, do restaurante Bomfim 1896.

Para cada refeição histórica, "fomos buscar o Pedro Cura, antropólogo especialista em técnicas alimentares durante o Neolítico a Paleolítico, para trabalhar com os nossos chefs. E vamos cozinhar segundo as técnicas usadas então". E concertos a condizer: Salvador Sobral ao almoço (15h00) e Best Youth ao jantar (21h30).

Cada bilhete (almoço ou jantar) inclui quatro doses de comida – uma de carne, uma de peixe, uma de vegetais e uma de sobremesa –, o respetivo concerto e uma visita guiada ao Museu do Côa. Custa 30 euros por pessoa, bebidas pagas à parte.

Maldivas, a estreia internacional em novembro

Gonçalo Castel-Branco, criador do Chefs On Fire, já tinha avisado: agora chegou a altura de o festival se internacionalizar e crescer para fora do país. Primeiro com uma versão pop-up nas Maldivas, depois "com uma grande versão internacional, em local ainda a anunciar, em 2024".

Considerado o melhor boutique festival em Portugal, prémio de Evento Gastronómico do Ano do site Mesa Marcada e prémio Nacional de Turismo Gastronómico, com o apoio do Turismo de Portugal, vai estrear-se nas Maldivas nos dias 1 (evento privado), 3 e 5 de novembro para clientes do hotel.

"Fomos contactados pelo W Maldivas, que será o destino e o parceiro do primeiro pop-up internacional, liderado pelo chef Alexandre Silva, dos restaurantes Fogo e Loco", galardoado com uma estrela Michelin em 2015 devido às suas interpretações únicas de pratos tradicionais e à profunda ligação aos ingredientes de origem local.

"O resort reconheceu o nosso vanguardismo gastronómico. O fogo já existia, mas fomos recuperá-lo como técnica gastronómica contemporânea, interessante, relevante e dinâmica e penso que temos feito o nosso papel neste caminho", afirma Gonçalo.

"O W Maldivas viu em nós uma grande proximidade de DNA no que diz respeito à sustentabilidade, um tema importantíssimo nas Maldivas, onde existe uma batalha de sensibilização há muito anos. Pretendemos ser dentro de três anos o festival gastronómico mais sustentável da Europa: sem plástico e a trabalhar com produtos locais".

O Chefs On Fire no W Maldivas será amplificado pela música dos Best Youth através da mistura do som indie rock e pop eletrónica.