Chico Buarque vem apresentar o seu mais recente álbum, "Caravanas", que saiu no ano passado, "estando as salas já esgotadas", disse a mesma fonte.

"Caravanas" é dedicado ao baterista que acompanhou Chico Buarque durante anos, Wilson das Neves, falecido no ano passado, e inclui temas como “Grande Hotel”, “Tua Cantiga”, “Homenagem ao Malandro” e “Todo o Sentimento”.

Os músicos que acompanham o cantor nesta digressão são companheiros habituais de palco: o maestro, arranjador e violonista Luiz Cláudio Ramos, João Rebouças, no piano, Bia Paes Leme, nos teclados e coro, Chico Batera, na percussão, Jorge Helder, no contrabaixo, Marcelo Bernardes, na flauta e sopros, e Jurim Moreira, na bateria.

Na digressão brasileira Chico Buarque incluiu no alinhemento dos espetáculos canções da sua carreira como "Iolanda", que compôs com Pablo Milanés, "Injuriado", num dueto com Bia Paes Leme, "As vitrines", "Gota d’água", "Geni e o zepelin", "Futuros amantes", "A história de Lily Braun", que escreveu com Edu Lobo, assim como "A bela e a fera", ambas de "O grande circo místico".

Acerca da digressão, a imprensa brasileira destacou as críticas à presidência de Michel Temer, que Chico Buarque tem feito nos diferentes espetáculos.

Numa das suas atuações, em S. Paulo, em março último, depois de cantar “Homenagem ao Malandro”, Buarque afirmou “Temer não ouve nada”, enquanto o público gritou “Fora Temer”.

Buarque, que recentemente colaborou com os portugueses António Zambujo e Carminho, já tinha trabalhado com Sérgio Godinho e Eugénia Melo e Castro, e sido ponto de partida para o documentário "Meu Caro Amigo Chico”, de Joana Barra Vaz, sobre a relação da música portuguesa com a brasileira (e seus mercados), estreado no festival IndieLisboa em 2012.

Com "Caravanas", editado em setembro último, colocou fim a um interregno de gravações discográficas, que durava desde 2011.

"Caravanas", o 23.º álbum de estúdio do cantor de 73 anos, conta com nove temas, foi produzido por Vinícius França e tem arranjos do maestro e violonista Luiz Cláudio Ramos, com quem Chico Buarque trabalha há mais de 30 anos.

A última vez que Chico Buarque atuou em Portugal foi em 2006, quando fez nove concertos de apresentação do álbum “Carioca”, tendo atuado em Espinho, Porto e Lisboa.