A iniciativa é do consulado de Portugal em Newark, liderado pelo cônsul Pedro Olivera, da câmara municipal da cidade e do Museu de Newark.
“Os parceiros deste projeto valorizam as manifestações artísticas como parte do crescimento e desenvolvimento da cidade e, nesse contexto, destacam a relevância desta intervenção de um dos maiores expoentes mundiais na arte pública”, disse a organização em comunicado.
Para os responsáveis do projeto, esta parceria “constitui igualmente uma forma de reconhecimento da comunidade luso-americana” e do “seu contributo para a cidade.”
A iniciativa é formalizada hoje à noite, numa cerimónia em que estará presente o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o presidente da Câmara Municipal de Newark, Ras Baraka.
Alexandre Farto, 28 anos, captou a atenção a ‘escavar’ muros com retratos, um trabalho que tem sido reconhecido a nível nacional e internacional e que já levou o artista a vários cantos do mundo.
Vhils cresceu no Seixal, onde começou por pintar paredes e comboios com ‘graffiti’, aos 13 anos, antes de rumar a Londres, para estudar Belas Artes, na Central Saint Martins, depois de não ter conseguido média para uma faculdade portuguesa.
Em 2014, inaugurou a sua primeira grande exposição numa instituição nacional, o Museu da Eletricidade, em Lisboa. “Dissecação/Dissection” atraiu mais de 65 mil visitantes em três meses.
Esse ano ficaria também marcado pela colaboração com a banda irlandesa U2, para a qual criou um vídeo incluído no projeto visual “Films of Innocence”, que foi editado em dezembro de 2014, e é um complemento do álbum “Songs of Innocence”.
Em 2015, o trabalho de Vhils também chegou ao espaço, à Estação Espacial Internacional (EEI), no âmbito do filme “O sentido da vida”, do realizador Miguel Gonçalves Mendes.
No passado mês de março, inaugurou a primeira exposição individual em Hong Kong, “Debris”, no topo do Pier 4 (Cais 4), uma mostra que reflete a cidade e a identidade de quem nela habita para ver e, sobretudo, “sentir”.
Paralelamente ao desenvolvimento da sua carreira criou, com a francesa Pauline Foessel, a plataforma Underdogs, projeto cultural que se divide entre arte pública, com pinturas nas paredes da cidade, e exposições dentro de portas, em Lisboa.
Este ano, recebeu o prémio personalidade do ano da Associação da Imprensa Estrangeira em Portugal.
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