À 16ª. edição, o DocLisboa cumpre dois objetivos importantes, como afirmou uma das diretoras, Cíntia Gil, aos jornalistas: "Continuar a ser um local de referência para apresentação de filmes portugueses" e "continuar a ser um festival pertinente e relevante internacionalmente".

"O festival só tem pertinência quando o meio, do qual nasce e no qual se insere, o reconhece", disse.

O DocLisboa reparte-se por vários programas, como a primeira retrospetiva portuguesa dedicada ao cineasta colombiano Luis Ospina, o ciclo sobre o cinema documental que, simbolicamente, é atravessado pelo rio Eufrates, ou a secção "Heartbeat", que documenta a música e outras artes performativas.

Do cinema português, serão mostrados filmes como "Alis Ubbo", de Paulo Abreu, e "Avenida Almirante Reis em 3 andamentos", de Renata Sancho, ambos sobre Lisboa, "Terra Franca", de Leonor Teles, e dois filmes de Jorge Cramez: "Antecâmara", que integra a competição internacional, e "Actos de Cinema".

Da produção estrangeira, serão mostrados "Fahrenheit 11/9", de Michael Moore sobre a administração de Donald Trump, "O plano", de Steve Sprung, sobre trabalho, e "The Silence of others", olhar de Almudena Carracedo e Rovert Bahar sobre vítimas do franquismo, em Espanha.

"Their own republic", de Aliona Polunina, e "Yol: The full version", de Yilmaz Guney e Serif Goren, dois filmes pelos quais o DocLisboa disse ter sofrido pressões por parte das embaixadas da Ucrânia e da Turquia, também fazem parte da programação.

Na secção "Heart Beat" foram incluídos "Friedkin Uncut", de Francesco Zippel sobre o realizador de "O exorcista", mas também documentários sobre os Depeche Mode, sobre a editora Blue Note ou sobre o violoncelista Rostropovich, e ainda uma homenagem a Aretha Franklin com "The blues brothers", de John Landis.

O DocLisboa abre hoje na Culturgest com "The Waldheim Waltz", de Ruth Beckerman, que estará presente na sessão.

O encerramento, no dia 28, será com "Infinite Football", de Corneliu Porumboiu.