A decorrer de 10 a 11 de agosto, na margem do rio Douro, junto à cidade do Peso da Régua, distrito de Vila Real, o Douro Rock assume-se como um festival alternativo ao circuito de festivais de verão, que se realizam no litoral do país.
“O rock de casta portuguesa serve-se no Douro”, afirmou hoje Miguel Candeias, da organização do evento, em conferência de imprensa, realizada hoje em Peso da Régua, distrito de Vila Real.
Nesta terceira edição, o evento quer consagrar-se. Entre 2016 e 2017, o festival passou dos 5.600 espetadores para os 10.800.
“Promover o Douro é o objetivo num festival 100% português”, frisou Miguel Candeias.
Durante dois dias vão passar pelo palco do Douro Rock os Xutos & Pontapés, The Legendary Tigerman, The Gift, Samuel Úria, Frankie Chavez, The Twist Connection, Mishlawi e Kappa Jotta.
De acordo com Miguel Candeias, os géneros musicais pop, rock, indie, soul e hip-hop vão estar representados no Douro Rock, cujo bilhete para os dois dias custa 15 euros.
Kalú, baterista dos Xutos & Pontapés, que participou na conferência de imprensa, afirmou que, no concerto em agosto, o grupo vai apresentar músicas novas e os temas inevitáveis da banda.
Depois da morte do guitarrista Zé Pedro, os concertos de 2018 da banda terão, segundo realçou, “uma grande carga emotiva” e também servirão como homenagem ao músico que faleceu no final do ano passado.
Kalú salientou que apoia a “100%” estas iniciativas que promovem a música portuguesa, e destacou ainda o cenário do festival, o Douro, do qual diz que se sente parte, já que a avó possui uma quinta na região.
Também John Gonçalves, teclista e baixista dos The Gift, igualmente presente na sessão, realçou a realização deste festival no interior do país.
“É bom ter estes eventos em sítios que não são os mesmos, e este Douro Rock está a provar isso, está a sair do litoral, onde a maior parte dos festivais de verão se realiza”, frisou.
A banda vai apresentar, na Régua, o seu mais recente trabalho, “Altar”, lançado no ano passado.
Para o presidente da Câmara da Régua, José Manuel Gonçalves, o festival “contribui para a afirmação e divulgação da região”.
O autarca realçou ainda o impacto económico do evento, a nível da restauração e da hoteleira, e disse ter a expectativa de que o número de visitantes aumente nesta terceira edição.
O Douro Rock, além de promover a música portuguesa, quer ainda divulgar a gastronomia e os vinhos desta que é a primeira região demarcada e regulamentada do mundo, e que foi classificada como Património Mundial da UNESCO em 2001.
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