Já lhe aconteceu, certamente. Vai na rua, começa a chover e não tem um chapéu-de-chuva à mão ou um local para se abrigar. E já lhe passou também pela cabeça o seguinte dilema: “como é que me molho menos: a correr ou a andar?”.
Não é o único que se deparou com esta questão e há estudos que ajudam a perceber. Como este, do italiano Franco Bocci, do Departamento de Engenheira Mecânica e Industrial da Universidade de Brescia. Inspirado no trabalho do investigador, o canal de ciência do YouTube MinutoPhysics fez um vídeo a explicar a solução.
Vamos partir do princípio que não está já ensopado e não vai saltar em nenhuma poça. Além disso, vamos assumir que a chuva cai verticalmente e que não está vento. Neste cenário, diz o vídeo, a resposta é simples.
À medida que sai do caminho de uma gota em queda, entra no caminho de outra. Assim, a quantidade de chuva que apanha é a mesma independentemente da velocidade, e vai molhar-se mais se andar do que se ficar parado porque vai apanhar chuva de frente.
A chuva que apanha de frente também é independente da velocidade a que se desloca. E, uma vez que a ideia não é ficar parado à chuva mas antes chegar ao destino, o melhor é estar o menos tempo possível à chuva. Dessa forma, corra!
Mas calma, não troque já o chapéu pelo fato de atletismo. O vídeo é uma versão simplificada da teoria de Bocci, que contempla ainda outros fatores como o volume e o ângulo das gotas de água.
Certo é que vai molhar-se. Portanto, não se esqueça do chapéu-de-chuva para a próxima e acelere o passo.
Já agora, o início da semana em Portugal continental vai ser ainda marcado por períodos de chuva ou aguaceiros, mas as temperaturas máximas vão subir.
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