Junto ao espaço que serviu de Parque Olímpico dos Jogos de Inverno de 2014, em Sochi, na Rússia, existe um pequeno museu que, de cenário em cenário e de prateleira em prateleira, transporta os visitantes para tempos idos da União Soviética. E, ao contrário do que seria expectável, a exposição não tem como missão (aparente) exaltar o regime comunista de então (1922 e 1991), mas permitir um género de imersão. Este museu não é só para ver, mas para mexer, experimentar, seguir viagem adentro.
Há um cantinho de uma casa típica da época, uma mercearia, jogos de diversão da década de 80 (uma mesa de matraquilhos e outras de hóquei no gelo), uma escola para crianças com a figura de Lenine (1870-1924) na parede, brinquedos e até um secador para aprumar a permanente.
E a ideia não é ficar de mãos nos bolsos. Aqui é possível vestir a farda de um soldado, colocar uma peruca na cabeça enquanto está sentado no salão do cabeleireiro ou ainda dançar numa sala que, pensamos, tem como objetivo catapultar-nos para um espaço de diversão noturno (e onde se podia ouvir o YMCA dos Village People).
Ali, a desfrutar de tudo aquilo, um pai e um filho. O progenitor ria e recordava, já o filho parecia encantado com coisas que não lhe pareciam fazer muito sentido para este seu tempo.
No mesmo edifício, há ainda outras duas salas com exposições interativas: uma dedicada ao inventor Nikola Tesla (e deu para perceber pelos barulhos escutados à porta que há muita eletricidade envolvida) e outra dedicada a Leonardo Da Vinci. A diferença destas salas, ao contrário daquela que visitámos, é que têm a particularidade de funcionar com um guia que interage com os visitantes. No entanto, se não entende russo (como aliás nós não entendemos) esta proposta também não é para si.
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