Esta primeira edição de “Os Lusíadas”, de 1572, da qual existem 34 exemplares, em três continentes, distribuídos por bibliotecas públicas, privadas e coleções diversas, está na posse do Ateneu Comercial do Porto, que a adquiriu em 1904 por 170 mil réis – um valor correspondente a cerca de 85 cêntimos, segundo a taxa de conversão do euro aplicada a 170 escudos.

A exposição, que é de entrada livre, vai ainda dar a conhecer mais duas edições antigas da obra, pertencentes ao espólio da Biblioteca Pública Municipal do Porto: uma de 1817, com dois retratos de Camões e 10 estampas alusivas a cada um dos cantos que estruturam a epopeia, e outra de 1880, encomendada por Emílio Biel, um fotógrafo alemão radicado no Porto.

A autarquia, para celebrar o nascimento do poeta, também lançará este ano o projeto “Camões na Cidade do Porto”, da autoria do escritor Gonçalo M. Tavares, que prevê a filmagem da leituras de “Os Lusíadas”, por 1.102 cidadãos anónimos dos sete aos 87 anos.

O objetivo da Câmara do Porto é promover uma reaproximação à obra de Luís Vaz de Camões e reinscrever o autor nos hábitos de leitura.