O produtor português Paulo Branco interpôs uma ação judicial contra o festival francês para impedir a estreia mundial do filme no encerramento, no dia 19, e hoje o Tribunal de Paris deveria ter-se pronunciado, mas a decisão foi remarcada, por decisão do juiz, para quarta-feira.
Contactado pela agência Lusa, o produtor Paulo Branco confirmou que a decisão só será conhecida na quarta-feira, e que ação judicial diz respeito apenas à exibição do filme em Cannes.
Segundo a agência France Presse, na audiência de hoje, que durou cerca de três horas, estiveram presentes os advogados de Paulo Branco, de Terry Gilliam e da direção do festival.
"O homem que matou D. Quixote", uma adaptação livre do romance de Cervantes, está no centro de uma disputa legal que opõe o realizador Terry Gilliam e o produtor Paulo Branco, com efeitos colaterais agora para o festival de Cannes.
O projeto chegou a contar com produção de Paulo Branco, mas Terry Gilliam acabou por não concretizar a parceria, alegadamente por problemas de financiamento, procurando outros produtores.
Terry Gilliam pediu a anulação do contrato de produção com a produtora Alfama Films, de Paulo Branco, mas, no ano passado, o Tribunal de Grande Instância de Paris declarou que aquele continua válido, porém sem impedimentos para que cineasta prosseguisse a rodagem.
No filme, um projeto antigo de Terry Gilliam que sofreu vários percalços nos últimos anos, entram atores como Jonathan Pryce, Adam Driver, a atriz portuguesa Joana Ribeiro, Olga Kurylenko e Stellan Skarsgard, e a rodagem ocorreu em Portugal e em Espanha.
Para junho está marcado em Paris o anúncio da sentença sobre a possível indeminização do cineasta a Paulo Branco, por causa de direitos sobre o filme.
Em França, a propósito da inclusão do filme em Cannes, está prevista já uma estreia comercial.
Em Portugal não há ainda data de estreia definida.
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