De acordo com a organização, “os artistas presentes nesta edição questionam o mundo, falam de identidade, liberdade, memória, o que o caracteriza e ameaça, abrem a porta ao sonho e dão vida à imaginação, a partir do universo da marioneta contemporânea”.
Até 26 de maio, haverá, em dez espaços de Lisboa, “marionetas gigantes, corpos que se transformam em paisagens, sombras com mãos, retratos em movimento, documentários em miniatura, dinossáurios, pequenas formas, objetos mecânicos e muito mais”.
Ao longo de 18 dias haverá apresentações de 22 companhias e artistas de Moçambique, França, Dinamarca, Reino Unido, Espanha, Alemanha, Holanda, Noruega, Finlândia, Irão, Estados Unidos da América e Portugal.
A programação da edição deste ano do FIMFA, “dirigida a todas as idades”, decorre no Castelo de São Jorge, no São Luiz Teatro Municipal, no Teatro Nacional D. Maria II, no LU.CA - Teatro Luís de Camões, no Museu de Lisboa - Palácio Pimenta, no Teatro da Trindade, no Teatro do Bairro, no Teatro Taborda, no Museu Nacional do Teatro e da Dança e na Cinemateca Portuguesa.
Este ano, a abertura acontece no Castelo de São Jorge com o Laitrum Teatre, que condensa cinco obras distintas de Shakespeare, em peças de oito minutos, para cinco teatros em miniatura.
Ainda para a abertura, a organização destaca o espetáculo “O Bazar e as suas...”, das Marionetas Gigantes de Moçambique, um desfile de rua que aborda o quotidiano da vida nos mercados, as dificuldades do dia-a-dia e os problemas da sociedade atual, que terá apresentações entre os dias 10 e 12 de maio.
O espetáculo de encerramento acontece no São Luiz, nos dias 25 e 26 de maio, com “Vies de Papier”, um teatro documental de objetos, que “nasceu de um achado- um álbum de fotografias - adquirido numa feira da ladra, na Bélgica, e com o objetivo de descobrir quem era a pessoa cuja vida estava contida naquele álbum”, adianta a organização.
Entre os destaques desta edição estão também as estreias nacionais da companhia dinamarquesa Teatret Gruppe 38 que apresenta, no Teatro do Bairro, “Hans Christian, You Must Be An Angel”, um espetáculo-instalação que “leva numa viagem fantástica pelo universo de Hans Christian Andersen, com um jantar teatral em sua honra, cheio de objetos que parecem mover-se por magia”, e do grupo francês Sacékripa, no Teatro Taborda, que mostra “Vu”, um espetáculo na fronteira do teatro de objetos e do circo em miniatura.
Além de espetáculos, a programação alarga-se a um conjunto de atividades paralelas, que incluem a exibição de "Rehearsal for a Sicilian Tragedy", filme no qual o ator John Turturro viaja até à Sicília, onde investiga as tradições culturais em desaparecimento, e uma conferência sobre o tema do teatro de marionetas contemporâneo no Irão, dinamizada por Marjan Poorgholamhossein, criadora do espetáculo “Flight no. 745”, que será apresentado no D. Maria II, no âmbito do FIMFA.
Nesta edição, o festival criou o Prémio de Mérito Cultural Henrique Delgado - em homenagem a este nome da história do teatro português de marionetas -, que pretende reconhecer personalidades, estruturas ou instituições que tenham desenvolvido um trabalho dominante na arte da marioneta.
O FIMFA é organizado pela Tarumba - Teatro de Marionetas de Lisboa, e tem direção artística de Luís Vieira e Rute Ribeiro.
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