A obra inédita distinguida, por unanimidade, intitula-se “Gente Grave” e, segundo o júri, deveu-se “ao facto de o autor explorar um género pouco trabalhado em Moçambique e de combinar o policial e o fantástico”, segundo comunicado divulgado pelo Instituto Camões.
“A correção, coerência e coesão linguística” da obra de Pereira Lopes, foi também sublinhada pelo júri, que decidiu ainda atribuir uma menção honrosa a “Bebi do Zambeze”, de António Manna, realçando a “riqueza do imaginário explorado pelo autor”.
O júri foi constituído pelo escritor moçambicano Ungulani Ba Ka Khosa, que presidiu, e ainda por Teresa Manjate, doutorada em literatura oral e tradicional africana, pela Universidade Nova de Lisboa, e por Alexandra Pinho, artista plástica.
Pedro Pereira Lopes nasceu na Zambézia, em Moçambique, em 1987, é contador de histórias e poeta, e fundou a revista digital de literatura Lidilisha e o “Projecto Ler para Ser”.
Mestre em Políticas Públicas pela Escola de Governação da Universidade de Pequim, é docente e investigador no Instituto Superior de Relações Internacionais, em Maputo.
Pereira Lopes é autor de vários livros como “Viagem pelo mundo em um grão de pólen” e “O mundo que iremos gaguejar de cor”.
Em 2019, recebeu o Prémio Lusofonia/Município de Trofa e, no ano passado, o Prémio Maria Odete de Jesus, da Universidade Politécnica de Maputo, com a obra infanto-juvenil “O comboio que andava de chinelos”, atualmente no prelo.
Ao Prémio INCM/Eugénio Lisboa apresentaram-se 36 candidatos, dos quais 22 entregues em instalações do Instituto Camões, em Maputo, 11, em Nampula, dois na cidade da Beira e um em Lisboa.
A INCM criou o Prémio Literário Eugénio Lisboa em Moçambique, este ano, para incentivar a criação literária naquele país africano, segundo o Instituto Camões.
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