O festival cumpre a 35.ª edição de 27 de julho a 05 de agosto e, pela primeira vez, dedicará toda a programação a um só músico. John Zorn estará em Lisboa para algumas atuações inéditas, e o repertório dele será interpretado por outros músicos e formações.

“Propus fazer uma edição dedicada ao mundo atual dele, que pudesse retratar todas as músicas em que ele no fundo investe”, afirmou o programador Rui Neves à agência Lusa.

Descrevendo John Zorn, 64 anos, como “um homem da Renascença que se interessa por tudo”, “uma figura algo mítica que vem do século XX”, Rui Neves explicou que a programação foi feita a quatro mãos com ele, e grande parte dos músicos convidados para esta edição já passaram anteriormente pelo festival.

Saxofonista, produtor, arranjador, editor, John Zorn fará a 27 de julho o concerto de abertura, no emblemático anfiteatro ao ar livre da fundação, numa atuação inédita com dois músicos com quem já trabalhou: o baterista Milford Graves e o guitarrista Thurston Moore.

No dia seguinte, volta ao palco com o quarteto Masada, acompanhado por Dave Douglas (trompete), Greg Cohen (contrabaixo) e Joey Baron (bateria) e, a 29 de julho, apresenta-se no grande auditório a interpretar órgão de tubos, acompanhado por Ikue Mori (laptop).

Neste “festim dedicado a John Zorn”, como descreve a organização, no total serão feitos 18 concertos, com “vários dos melhores músicos da cena nova-iorquina”, e serão exibidos cinco filmes, entre os quais “John Zorn (2016-2018)”, que Mathieu Amalric apresentará em Lisboa.

Marc Ribot, Craig Taborn, Ches Smith, Julain Lage, Trevor Dunn, Mary Halvorson Quartet, Asmodeus e John Medeski Trio são alguns dos nomes que se juntam ao cartaz para interpretar composições de John Zorn.

Rui Neves escolheu ainda dois grupos portugueses “que partilham com John Zorn o mesmo universo musical”: The Rite of Trio e Slow is Possible.

“John Zorn tem tido uma projeção em Portugal, nos últimos vinte anos, e criou também um público que conhece a sua obra. Todas as pessoas que gostam do John Zorn conhecem a ‘label’ que ele começou em 1995, a Tzadik, e este reflexo da obra atual de John Zorn também pretende chamar a atenção sobre a ‘label’ dele”, explicou o programador.

Toda a programação do 35.º Jazz em Agosto estará disponível na página da Gulbenkian.

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