O objetivo é fazer circular pelas salas de concerto agregadas à ECHO um conjunto de agrupamentos ou solistas jovens, e a Casa da Música recebe, este fim de semana, quatro solistas, um trio e um quarteto de cordas.
O programa, que já passou pela Gulbenkian em janeiro, arranca com a atuação do Quatuor Arod, cujo nome é inspirado no cavalo Arod, do feiticeiro Gandalf da série “Senhor dos Anéis”, de J.R.R. Tolkien.
O grupo formado por Jordan Victoria (violino), Alexandre Vu (violino), Tanguy Parisot (alto) e Samy Rachid (violoncelo) nasceu em 2013 e venceu em 2015 a Competição de Música de Câmara Carl Nielsen, em Copenhaga.
O grupo tem atravessado festivais e salas de concertos por toda a Europa, incluindo Portugal por diversas vezes nos últimos anos, além de uma residência na Capela de Música Rainha Elisabete, em Bruxelas, com o Quarteto Artemis.
No Porto, pelas 21:00 de sexta-feira, vão interpretar o quinto de seis quartetos de cordas de Béla Bartók (1881-1945), que o húngaro compôs em 1934, além dos quartetos de cordas de Johannes Brahms (1833-1897).
Pelas 12:00 de sábado, o Amatis Trio, composto pelo pianista Mengjie Han, o violoncelista Samuel Shepherd e a violinista Lea Hausmann, visita obras para trio do russo Dmitri Chostakovitch (1906-1975) e de Brahms, mas também a curta composição “Moorlands”, escrita em 2018 pela sueca Andrea Tarrodi.
O grupo foi nomeado talento musical holandês de 2016 e incluído, pela BBC, numa lista de novos talentos em 2016-2018, tendo criado em 2015 um prémio, na Holanda, para distinguir a música para trios.
À tarde, a harpista francesa Anaïs Gaudemard atua pelas 16:00 com um programa que inclui obras de nove compositores, entre eles Claude Debussy (“Clair de Lune”) ou a composição “Nighthawks”, inspirada no quadro com o mesmo nome de Edward Hopper, composta em 2018 por encomenda da ECHO, da Filarmónica de Paris e da Fundação Calouste Gulbenkian.
Gaudemard tem uma carreira jovem mas multipremiada, incluindo a Competição ARD de Munique em 2016 ou o Concurso Internacional de Harpa de Israel em 2012, tendo atuado por toda a Europa como solista ou convidada, além de ser associada da Orquestra Sinfónica de Mulhouse.
Recebeu o Prémio Thierry Scherz em 2015, em Gstaad, e tem gravado com editoras como a Claves e a Harmonia Mundi, e tocado com várias orquestras, entre as quais a Orquestra Gulbenkian, tendo atuado em janeiro na temporada de música da fundação.
No domingo, o violoncelista austríaco Kian Soltani, de 26 anos, junta-se à pianista francesa Nathalia Milstein, de 24, para tocar a sonata para violoncelo de Chostakovitch, o “Le Grand Tango” de Astor Piazolla e “Soul Searching”, peça de 2018 composta pelo músico jazz David Helbock.
Filho de músicos persas a viver na Áustria, Soltani venceu o Concurso Internacional Paulo de Violoncelo em 2013 e recebeu o Prémio Jovens Músicos Credit Suisse em 2017, enquanto Milstein estudou no Conservatório de Genebra e chamou a atenção ao vencer o primeiro prémio do Concurso Internacional de Piano de Dublin, em 2015.
Nascida em 1995, venceu várias competições internacionais e, em 2017, foi escolhida como Jovem Solista pelos Médias Francophones Publics, já depois de vencer o concurso jovem Adilia Alieva de Piano em Corbelin.
Por fim, O barítono espanhol Josep-Ramon Olivé sobe a palco às 18:00, com um programa composto por peças de Erich Korngold, Schubert e Strauss, além de “Chansons Trouvées” (2018), da compositora catalã Raquel García-Tomás, acompanhado ao piano por Ian Tindale.
Olivé tem cantado em óperas e com orquestras em Espanha e outros países europeus, tornando-se conhecido na Europa ao ganhar a medalha de Ouro da Guildhall School em 2017, além do Prémio do Público no Concurso de Canto Handel de 2015, tendo já gravado com a Phaedra, Musièpoca e Alia Vox, entre outras.
O Rising Stars foi lançado em 1995 e inclui, para a temporada 2019/2020, o acordeonista português João Barradas, enquanto o diretor artístico da Casa da Música, António Jorge Pacheco, integra a comissão executiva da ECHO.
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