"A nossa pequena é uma dádiva da natureza. Estamos a adorar tê-la aqui no quartel. É uma companhia fantástica", afirmou hoje à Lusa Pedro Lima. O operacional da corporação adiantou que a chegada da Kika ao quartel foi encarada com "muita felicidade" e que a reação da população do concelho à notícia da adoção da cadela, divulgada na página oficial dos bombeiros nas redes sociais, "tem sido fantástica".
O mais recente elemento dos Bombeiros Voluntários de Valença foi encontrado, no passado dia 13 de julho, na berma de uma estrada na freguesia de Ganfei por uma equipa que regressava do combate a um incêndio urbano. "Primeiro fugiu com medo e por estar muito debilitada. Quando viu que não lhe íamos fazer mal aceitou o colinho", disse o bombeiro.
Com autorização do comando e da direção da associação humanitária dos bombeiros a Kika foi "adotada" e "levada, de imediato ao veterinário devido ao seu estado, muito debilitado". "Teve que estar internada por envenenamento, com veneno para ratos situação que associamos ao local onde foi encontrada numa zona de terrenos agrícolas", disse Pedro Lima.
O bombeiro adiantou que "está a recuperar bem, graças à veterinária Karina Viães" e no quartel "todos acompanham com cuidado a evolução do estado de saúde da pequena".
"Todos se preocupam com a hora da medicação porque queremos que esteja a 100%, que se sinta contente e em casa", disse, adiantando que "primeiro o objetivo é estabilizar o estado de saúde da cadela e, mais tarde pensar que projetos poderão ser desenvolvimentos para envolver a comunidade".
Os custos dos tratamentos estão a ser suportados pela associação humanitária e as despesas com a alimentação e conforto da Kika são repartidas pelos operacionais.
"Não sabemos se fugiu ou foi abandonada. Procuramos saber junto da população da zona onde a encontramos se teria dono mas até agora ninguém se acusou e a Kika está bem connosco", sublinhou.
Antes da Kika, foi a Nina
No Alto Minho, os bombeiros voluntários de Viana do Castelo também adotaram, em setembro de 2015, uma cadela que tinha fugido.
A Nina passou a ser nova "recruta" da corporação, e tem como missão de alegrar o quartel.
"Quando algum de nós sai para uma emergência e é algo péssimo, chegamos aqui e temos a Nina à nossa espera. É uma alegria, ajuda a esquecer um bocado aquilo por que uma pessoa passa", disse, na altura à Lusa a bombeira estagiária Juliana Rodrigues.
A Nina enverga um colete vermelho e já tem um equipamento oficial, com as insígnias da corporação.
A cadela tem página no Facebook - Nina, a bombeira - e já junta 7713 amigos. É nas redes sociais que a corporação relata o dia-a-dia da Nina, para que as pessoas "possam acompanhar o seu crescimento" e "para quem quiser, poder ajudar com donativos".
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