Na loja Party Fiesta, no Centro Comercial Colombo, em Lisboa, as vendas incidem sobretudo nos fatos de crianças, embora haja “pessoas que não querem gastar dinheiro num fato e levem apontamentos”, como acessórios, apontou à Lusa a gerente.

De acordo com Elsa Ornelas, “quem gosta de ir bem [para comemorar o Carnaval] compra um fato novo” e “os fatos com bonecos e de animais” são os que mais se vendem para os adultos.

André Nobre, colaborador da loja Party Land, localizada nas Laranjeiras (também em Lisboa), afirmou que os clientes preferem “o disfarce completo e os acessórios são quase um complemento disso”.

“O cliente até costuma perguntar se o fato já vem incluído com tudo. Quanto mais tiver incluído, mais o cliente o quer”, concluiu.

Numa altura em que os disfarces de Carnaval têm cada vez maior adesão, Nuno Santos, proprietário da loja Casa do Carnaval, na Baixa de Lisboa, confirmou que a procura de fatos personalizados aumentou com o passar dos anos.

As vendas desta loja – que distribui para vários estabelecimentos - estão direcionadas para os fatos de crianças e bebés, tendo já esgotado na semana passada alguns dos seus fatos mais procurados, como é o caso dos “Pijama Mask” (série infantil).

Os comerciantes ouvidos pela agência Lusa concordam que a procura dos fatos depende em muito dos sucessos registados em televisão, nos cinemas e no ‘online’.

As grandes novidades deste ano, segundo o comerciante Nuno Santos, recaem, no que toca a fatos para adulto, sobre os fatos alusivos à série espanhola “La Casa de Papel”.

A produção, exibida na plataforma de séries e filmes Netflix desde dezembro de 2017, conta a história de um grupo de assaltantes que invade a Casa Nacional da Moeda de Espanha, enquanto o mentor do crime manipula a polícia para executar o seu plano.

Já para os mais pequenos, os vendedores destacaram os fatos dos heróis da Marvel, das princesas da Disney (como dos filmes “Frozen” ou “Vaiana”), das séries “As Aventuras de Ladybug”, “Patrulha Pata” e “Pijama Mask” e, ainda, do videojogo “Fortnite”.

Nesta festividade, embora o dinheiro que se deseja gastar com um fato seja um fator de peso na hora de o adquirir, os comércios tradicionais apresentam ofertas diversificadas quanto aos preços praticados.

“Temos preços de marcas mais fraquinhas, entre os 12 e 14 euros. Conseguimos ter fatos a esses preços, mas também temos fatos a 70 euros, que já são fatos de marca”, indicou Elsa Ornelas.

O investimento das lojas nas suas ofertas é, hoje, maior, tal como o investimento das famílias, embora esse fator não se reflita “em termos de faturação”, devido à maior concorrência, segundo os vendedores.


Notícia atualizada às 17:24