Anualmente, a Fundación Cuatrogatos, fundada em Miami, elege vinte livros para crianças e jovens, traduzidos para espanhol e publicados por editoras ibero-americanas, que são “altamente recomendados pelos valores literários e artísticos” e que “merecem ter mais divulgação”.

Entre os vinte títulos premiados está “Irmão Lobo”, de Carla Maia de Almeida, com ilustração de António Jorge Gonçalves e tradução por Jerónimo Pizarro, para a editora mexicana Ediciones El Naranjo.

“Irmão lobo” é “uma obra comovedora, que explora com subtileza as paisagens da alma humana e que nos fala, com extraordinária sinceridade e profundidade, de separação, sobrevivência, redenção e amor”, justifica a fundação na página oficial.

Além dos vinte livros premiados, a organização recomenda ainda dezenas de outros títulos, escolhidos entre as obras que foram sendo lidas e avaliadas pela fundação. Entre eles está a tradução de “A contradição humana”, álbum ilustrado de Afonso Cruz.

Em “Irmão Lobo”, publicado em 2013 pela Planeta Tangerina, Carla Maia de Almeida narra uma história protagonizada por uma família – pai, mãe, três filhos e um cão – a desintegrar-se, marcada pelo desemprego e por problemas financeiros.

O fio narrativo oscila entre dois momentos, em que a narradora tem oito e quinze anos (a distinção é feita graficamente com páginas azuis e brancas), intercalando as descrições do ambiente familiar com o de uma viagem, que terminará no acontecimento fraturante da família, intitulado “Grande Travessia no Deserto da Morte”.

A protagonista refere-se à família por alcunhas: o Clã do Pássaro Trovão integra a mãe Blanche, que acumula três empregos, o pai Alce Negro, desempregado, o irmão mais velho, Fóssil, a irmã do meio, Miss Kitty, e o cão Malik, como “um totem que mantinha a tribo unida”.

Carla Maia de Almeida, nascida em Matosinhos em 1969, é jornalista, tradutora e formadora na área do livro infantil. Tem obra publicada no Brasil, Holanda e Colômbia.

É autora ainda de outros livros como “Amores de família” e “Ana de Castro Osório – A mulher que votou na literatura”, ambos ilustrados por Marta Monteiro, “Onde moram as casas”, com ilustrações de Alexandre Esgaio, e “Não quero usar óculos”, com ilustração de André Letria.

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