"O lápis mágico de Malala" é um conto autobiográfico no qual a jovem paquistanesa tenta transmitir uma das maiores batalhas pela qual é conhecida: a defesa do direito das raparigas irem à escola e terem acesso à educação.
Na história, Malala diz que sonhava ter um lápis mágico para poder desenhar vestidos bonitos para a mãe ou para desenhar "meninas e meninos, todos eles com direitos iguais".
Neste primeiro livro para a infância, Malala revela que, com o poder da escrita, conseguiu chamar a atenção internacional: "Escrevia sozinha no meu quarto, mas pessoas em todo o mundo liam a minha história. (...) Finalmente encontrei a magia que procurava - nas minhas palavras e no meu trabalho".
Sobre o ataque que sofreu em 2012, quando foi atingida a tiro na cabeça por elementos do Movimento dos Talibãs do Paquistão, o livro é omisso, com Malala a escrever sob um fundo negro: "A minha voz tornou-se tão poderosa que os homens perigosos tentaram silenciar-me. Mas falharam".
A jovem paquistanesa, que desde 2009 criticava a violência dos talibãs e defendia a educação das raparigas no Paquistão, sobreviveu ao atentado e recebeu vasto apoio da comunidade internacional.
Em 2014, com 17 anos, tornou-se na mais jovem personalidade a receber o Prémio Novel da Paz, partilhado com o ativista indiano Kailash Satyarthi, de 60 anos.
Na cerimónia em Oslo, quando recebeu o prémio, Malala Yousafzai prometeu lutar até que a última criança seja escolarizada. Atualmente vive e estuda no Reino Unido.
"O lápis mágico de Malala", que sai este mês pela Presença, tem ilustrações de Sébastien Cosset e Marie Pommepuy, que assinam em conjunto como Kerascoet.
Em Portugal está editado ainda o livro "Eu, Malala" (2013), no qual a ativista conta a história de vida, dirigida a um público adolescente.
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