“Lamento profundamente a perda de uma figura nacional grande impulsionadora do Plano Nacional de Cinema e figura central da promoção da literacia para o cinema”, disse a diretora regional de Cultura do Algarve, Adriana Nogueira.
Maria da Graça Silva Lobo nasceu em Lisboa há 66 anos, tendo ido viver para Faro ainda jovem.
Segundo a nota de pesar que a Direção Regional de Cultura do Algarve enviou para as redações, o reconhecimento do valor de Graça Lobo, a nível nacional, “chegou quando se criou um ano piloto do Plano Nacional de Cinema (iniciativa das áreas governativas da Cultura e da Educação, para promover a literacia para o cinema junto do público escolar)” do qual fez parte, tendo mais tarde sido a sua primeira coordenadora.
Graça Lobo era licenciada em História e defendeu uma tese de mestrado em Gestão Cultural sobre a Formação de Públicos para o Cinema, “área de conhecimento a que dedicou toda a sua vida profissional e académica”.
Lobo esteve na criação do Programa Juventude-Cinema-Escola, da então Direção Regional de Educação do Algarve, projeto que nunca abandonou e que continua ativo, ainda hoje, em muitas escolas.
De acordo com a nota enviada, entre 1994 e 2001, Graça Lobo foi professora convidada na Universidade do Algarve, onde lecionou disciplinas de Cinema, tendo ainda realizado e promovido dezenas de ações de formação em Literacia Fílmica, por todo o país, bem como feito conferências e palestras, no país e no estrangeiro, além de ter integrado diversos júris de cinema.
Graça Lobo tornou-se cineclubista em 1980, tendo sido vice-presidente do Cineclube de Faro (CCF), de 1996 a 2008, e membro da Comissão de Formação do CCF, entre 2015 e 2018. Atualmente, era vice-presidente da Assembleia Geral deste cineclube.
Em 2019, entrou na Direção Regional de Cultura do Algarve, para a área dos Serviços Educativos, para implementar o programa “HArPA: Histórias, Arte e Património do Algarve”.
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