Depois da digressão pelo país no programa “Orquestra no Património”, a Sinfónica regressa a ‘casa’ para dar continuidade à interpretação de Tchaikovski (1840-1893), desta vez sob a direção do maestro venezuelano Carlos Izcaray, diretor da Orquestra Sinfónica de Alabama e da Orquestra Jovem Norte-Americana.

Premiado no Festival de Música de Aspen (2007) e no Concurso Internacional de Direção Toscanini (2008), Izcaray tem dirigido orquestras e agrupamentos da América do Sul à Europa, não só em concerto como em óperas.

O trabalho com jovens talentos tem marcado a carreira do venezuelano, que começa também a afirmar-se como compositor, com obras como “Yellowhammer”, de 2018, ou “Strike Fugaz”, uma encomenda da Human Rights Watch.

Estreada em 1878, pela Sociedade Musical da Rússia, a Quarta Sinfonia de Tchaikovski, que por vezes tem “Destino” como subtítulo, foi inicialmente criticada mas acabou por se tornar numa das mais tocadas daqueles período, um pouco por todo o mundo.

A Casa da Música destaca-a como “um dos melhores exemplos da magistral arte da orquestração de Tchaikovski”, como uma obra que atravessa a ideia do destino, viajando entre “a melancolia do entardecer e a ilusão de paz interior, numa alegre festa popular”.

O programa “Variações sobre Tchaikovski” arranca pelas 21:00 de dia 27, na Sala Suggia, e abre com “Divertimento K.136″, uma das peças deste género mais reconhecidas, da autoria de Mozart.

Segue-se o também russo Anton Arensky, com a obra que dá título ao concerto, escrita um ano depois da morte de Tchaikovski, como forma de tributo, baseada na “Lenda: Cristo No Seu Jardim”, uma das 16 “Canções de Criança” do seu compatriota.

Antes da Quarta Sinfonia, é interpretada a peça “Fratres”, do estónio Arvo Pärt, escrita para cordas e percussão e cuja progressão sequencial foi usada em vários filmes, como “Haverá Sangue”, de Paul Thomas Anderson, “A Essência do Amor”, de Terrence Malick, e “O Clube”, de Pablo Larraín.

A Sinfónica volta à Quarta Sinfonia de Tchaikovski no domingo, dia 29, num concerto pelas 12:00 dedicado a famílias, apenas com a obra do compositor russo, e comentários de Rui Pereira, coordenador da Orquestra Sinfónica, programador e adjunto da direção da Casa da Música.

Tchaikovski constitui um dos mais destacados nomes do romantismo tardio, e várias das suas composições estão hoje entre as mais frequentemente tocadas por orquestras a nível mundial, ainda que não tenha sido inicialmente bem recebido pela crítica.

Ficou marcado por uma educação de cultura ocidental e pela tardia descoberta da tradição russa. Teve Mozart como compositor preferido e acabou por constituir uma referência de uma geração de músicos, também por ter sido o primeiro na Rússia a dedicar-se exclusivamente à composição.

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